sexta-feira, 31 de julho de 2009

Antiviral produzido por Farmanguinhos começa a ser distribuído

210 mil tratamentos do medicamento para os casos de nova gripe foram produzidos pelo laboratório e serão enviados aos estados

O Ministério da Saúde começa a entregar aos estados nesta quinta-feira, 30, o primeiro lote do fosfato de osetalmivir para o tratamento da gripe Influenza A (H1N1) produzido no Brasil, no Laboratório Farmanguinhos (Fiocruz/RJ). As 2,1 milhões de cápsulas, que correspondem a 210 mil tratamentos, serão distribuídos aos estados. Esta produção foi feita a partir de matéria- prima adquirida pelo Ministério da Saúde, em 2006, por ocasião de uma possível epidemia de gripe aviária. Este estoque é suficiente para produção total de 9 milhões de tratamentos.

Estes 210 mil tratamentos se somam a outros 50 mil prontos para uso que foram entregues por um laboratório privado que vendeu o produto ao Ministério da Saúde. Esse lote de 50 mil faz parte de uma encomenda de 850 mil realizada. A entrega aconteceu em 21 de junho. Uma segunda leva de remédios (outros 50 mil) está prevista para 15 de agosto e os 750 mil restantes até o dia 30 de setembro.

O fosfato de oseltamivir é considerado o mais eficiente medicamento, até o momento, no tratamento de influenza H1N1. O antiviral produzido em Farmanguinhos tem o mesmo princípio ativo e eficácia de ação do medicamento de marca utilizado mundialmente no tratamento da Influenza A. Da transformação em comprimidos até a autorização para a sua distribuição, o remédio fabricado no Brasil passou por testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que autorizou o processo. Cada um dos tratamentos é composto por 10 comprimidos de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para uma pessoa.

O medicamento é indicado para casos graves de qualquer tipo de influenza (causada pelo vírus A (H1N1) e sazonal), parcela que representa menos de 5% dos pacientes com os sintomas, e para pessoas que apresentem fatores de risco (gestantes, idosos, crianças menores de dois anos, portadores de problemas crônicos, pessoas com imunodepressão, etc). O protocolo do Ministério da Saúde que orienta a sua utilização foi desenvolvido em consonância com as recomendações da OMS.

fonte: www.saude.gov.br

Coordenadora da Influenza na Bahia faz palestra em Conquista


Maria Mazzarello apresentando o gráfico sobre a estimativa do impacto de uma pandemia no Brasil




Com o objetivo de esclarecer os médicos e enfermeiros de Vitória da Conquista e de mais 17 municípios sobre a gripe A (H1N1), foi realizado nesta quinta-feira (30), um seminário no auditório do Centro de Formação.

O evento foi promovido pela 20ª Dires, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital Geral de Vitória da Conquista. Mais de 220 profissionais estiveram presentes.

A coordenadora da Influenza na Bahia, Maria Mazzarello, que há quatro anos faz parte de uma equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia (DIVEP) responsável pelo combate a gripe, veio esclarecer sobre o surgimento e composição genética do vírus. Através de gráficos, ela apresentou a situação epidemiológica da Influenza no mundo, no Brasil e na Bahia.


Mais de 220 profissionais da saúde de 18 municpíos participam do seminário




A infectologista do Centro de Referência DST/Aids, Mônica Trindade, também falou sobre a identificação e o tratamento do influenza A. A médica enfatizou os cuidados com a higiene por parte dos profissionais da saúde, como lavar sempre as mãos e usar luvas ao atender um paciente.

Para a enfermeira Hayane Oliveira, que trabalha na Unidade de Saúde de Barra Nova, distrito de Barra do Choça, a iniciativa foi válida “porque tivemos a oportunidade de estar discutindo o assunto". Segundo ela, os profissionais da Atenção Básica devem estar atentos, "pois somos os primeiros a ter contato com os pacientes”. Foi a primeira vez que ela participou de uma palestra sobre o vírus H1N1.

fonte: www.pmvc.com.br

Abertas as inscrições para o seminário da Fundação Estatal

Estão abertas no site http://www.saude.ba.gov.br/dab as inscrições para o I Seminário Estadual da Fundação Estatal Saúde da Família: a Bahia Unida por um Novo Caminho para a Saúde da Família. O seminário acontecerá nos dias 11 e 12 de agosto, no Centro de Convenções em Salvador. O evento tem o objetivo de apresentar aos gestores municipais a organização, funcionamento, formas de adesão e contratação dos serviços prestados pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF).

O seminário é destinado a prefeitos, secretários municipais de saúde, membros da prefeitura responsáveis pelas finanças e aspectos administrativos jurídicos no município e também aos presidentes das câmaras de vereadores ou vereadores responsáveis pela discussão do projeto na Câmara.

Na programação estão previstas discussões sobre os serviços ofertados, os preços dos serviços, os aspectos jurídicos e administrativos; o processo de adesão e de celebração de contrato de gestão com a FESF e ainda o plano de empregos, carreira e salários.

Cada município pode enviar até quatro representantes. As inscrições poderão ser feitas ainda no local do evento.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

HBase recebe Comitê de Urgência para discutir Gripe A e superlotação de hospitais

O Hospital Geral de Vitória da Conquista (HBase) recepcionou na noite de ontem (29) o Comitê Municipal de Urgência e Emergência, que reúniu instituições ligadas à área de saúde do município, para discutir a superlotação no Hospital de Base, a escala de plantonistas nos pronto-socorros que atendem pelo SUS, e também como a rede SUS do município está se preparando para um eventual surto de Gripe A (H1N1).

O Comitê Municipal de Urgência e Emergência é uma entidade ligada à Secretaria Municipal de Saúde, presidido pelo coordenador médico do SAMU 192, Sandro Bahia, e tem a participação de representantes de todos os hospitais da Rede SUS que atendem a pacientes em situação de urgência e/ou emergência, e da Secretaria Municipal de Saúde.

A reunião foi solicitada pelo diretor do HBase, Felipe Magalhães, que percebeu a necessidade de aproximar as instituições de saúde para tratar principalmente da gripe A. “Não temos nenhum caso confirmado em Vitória da Conquista, mesmo assim solicitamos esta reunião junto ao Comitê, para que nesta discussão possamos garantir o máximo de informações ao profissional de saúde e também para a população, a fim de que não se estabeleça um clima de pânico”, explicou o diretor.

Segundo Sandro Bahia a reunião foi positiva e alguns encaminhamentos podem ser feitos a partir das discussões como superlotação dos hospitais e sobre a Gripe A, já que estavam presentes representantes de várias instituições como Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Saúde, Unimec, 20º Diretoria Regional de Saúde (Dires), Câmara Municipal, Defesa Civil, Samu 192 e o próprio HBase.

Segundo Mirela Cristina Leto Barbosa, coordenadora da Secretaria Municipal de Saúde, a reunião foi uma importante iniciativa porque o diálogo entre as instituições de saúde é essencial para o enfretamento da gripe A. A coordenadora afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde vem garantindo orientação ao paciente, capacitando os profissionais de saúde e promovendo campanhas de prevenção. “Estamos realizando a notificação dos casos, atividades de formação capacitação de profissionais e orientação na mídia de como vamos lidar com os pacientes, inclusive com o objetivo de passar tranquilidade à população, porque é importante que não haja pânico”, afirmou Mirela.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, o vereador Ademir Abreu, informou que a Influenza A atingiu o nível 6, estando em quase todos os países do mundo “e com certeza ela chegará a Vitória da Conquista, com muitas pessoas sendo portadoras do vírus, havendo uma certa conturbação no município pela presença de mais uma epidemia”, alertou Abreu.

Segundo o vereador, isto vai causar um volume maior de atendimentos nos hospitais e por isso a importância desta reunião que tem o valor de preparar as unidades de saúde, antes que a epidemia chegue ao município. “Os municípios vizinhos tem sobrecarregado os hospitais de Conquista, principalmente o hospital de Base, com pacientes que poderiam estar sendo tratados pelos profissionais da localidade. Com esta epidemia é importante que estes municípios assumam a responsabilidade de atender seus pacientes, para reduzir o fluxo em Vitória da conquista”, concluiu.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Diretoria do HBase reúne coordenadores em mais uma discussão sobre a Gripe A

Nossa preocupação é garantir o máximo de informação ao profissional da saúde, demais funcionários e usuários da rede, para que não haja pânico, afirmou Felipe Magalhães, diretor do HBase

A direção do Hospital Regional de Vitória da Conquista (HBase) preocupada com a possibilidade da chegada de casos suspeitos da Gripe A ao município, reuniu vários setores da unidade, por meio de suas coordenações, para reforçar as estratégias estabelecidas durante a última semana para o controle da doença.

Desde o anúncio da pandemia, a diretoria vem procurando garantir o máximo de informações aos profissionais de saúde, servidores e usuários, tomando todas as precauções, com informações e capacitações, com a finalidade de reduzir os impactos da doença.

“Nossa preocupação é garantir o máximo de informação ao profissional da saúde, demais funcionários e usuários da rede, para que não haja pânico”, informou o diretor geral do HGVC, Felipe Magalhães, que durante a reunião falou dos percentuais da população e funcionários da saúde que poderão ser atingidos.

Segundo Carolina Silva Garcez, coordenadora de Enfermagem da unidade, ainda existe muita dúvida sobre a doença e o mais importante é que o profissional da saúde esteja informado, “para transmitir às pessoas o máximo de segurança e informações”, afirmou.

Participaram da reunião as coordenações de Serviço Social, Banco de Sangue, Bioimagem, Terapia Ocupacional/fonoaudióloga, Núcleo de Estudos Permanente (NEP), Emergência,Material e almoxarifado, SCIH, Fisioterapia, Higienização, Laboratório, Farmácia, Ouvidoria, além dos setores ligados diretamente à diretoria, como as coordenações do Same, Atendimento, Financeiro, Recursos Humanos, administração, Pronto Socorro e Urgência,Comissão Permanente de Licitação (Copel), Equipamento e Manutenção Predial.

Artigo: Uma visão panorâmica do setor de licitações do HGVC

Licitação:“Procedimento administrativo composto de atos seqüenciais, ordenados e interdependentes, mediante os quais a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, devendo ser conduzida em estrita conformidade com os princípios constitucionais e aqueles que lhes são correlatos.”

Elisete de O. Santos Neri

A Constituição Federal em seu artigo 37, inciso XXI, prevê para a Administração Pública a obrigatoriedade de licitar, sendo assim Licitar é regra e não exceção.

Os procedimentos licitatórios no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) são regidos pela Lei Estadual 9.433/05, em consonância com a Lei Federal 8.666/93, referente a aquisições e serviços.

O setor de licitações da unidade trabalha com a preocupação e zelo pelo cumprimento das leis (estadual e federal).

Existe na unidade uma equipe de planejamento formada pelos responsáveis por solicitação de material, os coordenadores dos setores solicitantes (almoxarifado, farmácia, laboratório, banco de sangue e nutrição), com a incumbência e responsabilidade de fazer a previsão de gastos dos materiais utilizados na unidade e encaminhá-los à administração para que seja iniciado processo de compra ou de serviço.

É claro que qualquer estimativa feita é sujeita a alteração visto a amplitude dos nossos atendimentos e a falta de precisão devido às possibilidades de casos e intercorrências que podem surgir entre uma compra e outra ou no curso delas.

É exigência primordial obter parecer jurídico de aprovação do Edital (ver Lei 9.433/05, Artigo 73, 74 e 75) para em fim torná-lo público. O que pode ser facilmente constatado através dos nossos processos é que assim que o obtemos tal autorização, e aval da procuradoria, imediatamente são dados aos mesmos à tramitação normal, respeitando os prazos determinados em lei e procedida publicação no Diário Oficial, garantindo a publicidade dos processos.

Atualmente estamos com pedidos para seis meses em tramitação, aguardando a documentação necessária para composição do processo de aprovação do edital que será enviado a procuradoria. Enquanto aguardamos a aprovação dos processos em andamento não ficamos de braços cruzados, realizamos pequenos Pregões baseados em parecer da procuradoria Geral do Estado, dentro do limite de Carta Convite (R$56.000,00) para suprir e atender as necessidades imediatas, até que se tenha o parecer jurídico necessário à licitação.

Neste sentido toda a equipe ligada ao planejamento e compra dos materiais necessários à unidade estão de parabéns, pois compartilham com a direção do hospital a preocupação e desejo de suprir os setores e dessa forma subsidiar e colaborar para que se tenha uma boa condição de atendimento à clientela que se dirige a esta unidade.

Muitas vitórias alcançamos nas nossas negociações, além da credibilidade junto aos fornecedores que concorrem às disputas para contratação com esta unidade, temos conseguido fazer economias significativas nas finalizações das licitações, bem como estabelecer parcerias internas, podendo contar com pareceres técnicos de profissionais do nosso quadro que, competentemente, tem contribuído para que tenhamos sucesso nos nossos trabalhos.

Síntese em valores das nossas últimas aquisições:

Objetos Licitados

Materiais para Lavanderia, Raio X, Descartávis, impressos, Escritório, Higienização e Hospitalar; Combustível, Medicamentos, Aquisição de Penso, Banco de Sangue, Dieta Enteral, Aquisição de rouparia, Reagente Laboratório.

Valor Autorizado - R$ 2.869.045,00
Valor Negociado
- R$ 2.479.320,21
Economia - R$ 389.798,62

É possível observar economia de quase 13% (treze por cento) do valor cotado de mercado. Pode parecer pouco, mas esta economia nos garante a possibilidade de novas aquisições; Também é possível visualizar uma grande conquista da direção desta unidade quando do aumento da nossa dotação orçamentária após incansáveis solicitações e depois de comprovar que a demanda da unidade hoje exigia uma complementação do nosso orçamento.

Concluindo, tornamos público o nosso desejo de servir, e servir bem a comunidade, fato esse facilmente comprovado através dos esforços e trabalhos da equipe de licitações do HGVC.

Ressaltamos que as portas da COPEL estão e estarão sempre abertas para esclarecimentos ou explicações aos servidores ou de qualquer cidadão que tenha o desejo de tomar conhecimento dos nossos procedimentos.

Equipe COPEL: Alberto Ferraz, Alzeni Macedo, Carine Alves, Euler Teixeira, Fabrício Nolasco, Wagner F. de Sousa e Vandete Rosário. Coordenação: Elisete de Oliveira

Elisete de O. Santos Neri - Coordenadora da Comissão de Licitação Permanente/HBase

Obesidade provoca pane no sistema de defesa do corpo

Camundongo bastante acima do peso ideal, criado na Austrália; obesidade reduz eficiência no sistema de defesa do corpo


A obesidade pode causar o diabetes tipo 2 (resistência à insulina), induzindo uma pane no sistema de defesa do corpo. E drogas antialérgicas podem prevenir e tratar a doença em indivíduos acima do peso, indica uma descoberta simultânea de quatro grupos de pesquisa.

Numa iniciativa conjunta, todos publicaram seus estudos ontem no site na revista "Nature Medicine", revelando o resultado de experimentos feito com camundongos.

No primeiro dos trabalhos, cientistas conseguiram reduzir tanto a obesidade quanto a taxa de diabetes tipo 2 em roedores tratados com cetotifeno e cromoglicato --dois antialérgicos usados para combater a asma. O teste, conduzido por pesquisadores da Escola Médica de Harvard, de Boston (EUA), deve ser repetido em macacos.

"A melhor coisa dessas drogas é que nós já sabemos que elas são seguras para pessoas", afirmou o biomédico Guo-Ping Shi, um dos autores da descoberta. "Resta saber se elas vão funcionar [contra diabetes]".

Não foi à toa que quatro iniciativas diferentes chegaram à mesma conclusão quase ao mesmo tempo. A existência de interação entre o sistema imune e o metabolismo já era conhecida e consta até de livros-texto de medicina. Aquilo que médicos acreditavam ser uma relação muito indireta e complexa, porém, é pintada nos novos estudos como uma interação extremamente próxima.

"Pelo visto, estamos vendo o surgimento de uma nova disciplina: o imunometabolismo", diz Diane Mathis, líder do outro estudo de Harvard.

Além de mostrar a eficácia de medicamentos comuns para prevenir e tratar o diabetes nas cobaias, a importância dos novos estudos é que eles detalham diversos processos moleculares em que a obesidade interage com o diabetes tipo 2.

Diferentemente do tipo 1, na qual o pâncreas é atacado pelo sistema imune, o diabetes tipo 2 ocorre quando células do corpo se tornam avessas à insulina, hormônio produzido no pâncreas usado para processar açúcar. Os estudos que saem agora mostram o lado imunológico do diabetes de tipo 2, que não era totalmente claro.

"É possível que a inflamação causada pelos macrófagos [tipo de glóbulo branco que combate organismos invasores] resulte em resistência à insulina", diz Steven Shoelson, endocrinologista que participou do estudo de Mathis. Inflamações leves, mas crônicas, no tecido adiposo de obesos, seriam então a bomba-relógio do diabetes tipo 2.

O estudo de Shi mostrou que, no tecido adiposo de camundongos obesos, células que atuam no processo de cicatrização parecem provocar inflamações e alergia.

Foi aí que apareceu a ideia de testar as drogas antialérgicas. Os animais que receberam as drogas e entraram numa dieta com exercícios tiveram uma melhora de quase 100%.

da Folha de S.Paulo

Ministério da Saúde tira dúvidas sobre nova gripe

Veja as perguntas mais comuns dos brasileiros e as respostas do governo federal para as questões. MS orienta os suspeitos de gripe a procurar posto de saúde ou médico

O Ministério da Saúde está fazendo todos os esforços possíveis para deixar a população informada sobre a Influenza A (H1N1). O trabalho da imprensa tem ajudado também a esclarecer os brasileiros sobre a nova gripe. O Ministério mantém no seu site www.saude.gov.br um espaço específico para o tema, que traz informações atualizadas, além de colocar à disposição da população o atendimento gratuito pelo Disque Saúde 0800 061 1997. Veja algumas dúvidas e as respostas:

1 - Qual é a previsão de produção da vacina contra a influenza A (H1N1) no Brasil?
O Instituto Butantan, ligado à Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, é responsável no Brasil por desenvolver as vacinas contra a gripe comum (sazonal) e estará à frente também do desenvolvimento da gripe contra a influenza A (H1N1). A vacina a ser produzida no Brasil estará disponível no próximo ano. Além de desenvolver a vacina, o MS avaliará, junto ao Butantan, a necessidade de comprar vacinas prontas de outros fabricantes.

2 – Haverá cadastramento de novos laboratórios para realização de exames de diagnóstico?
Atualmente, três laboratórios de referência fazem o exame de diagnóstico da influenza A (H1N1) no Brasil: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) e Instituto Adolf Lutz (SP). Há a possibilidade, agora, de credenciamento de Laboratórios Centrais (Lacens) para centralizar a realização desses exames nos estados, além dos três laboratórios de referência. Isso já está em curso para os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, mas ainda não há data definida para essa habilitação.

3 - Como é realizada a distribuição do medicamento?
A distribuição dos medicamentos é centralizada. O Ministério da Saúde envia os remédios aos estados, respondendo às solicitações das Secretarias Estaduais de Saúde. Cabe a elas não só indicar as unidades de referência no atendimento da nova gripe, como também ampliar o número de unidades para realização do tratamento. Outras unidades podem ser indicadas para atender os casos e usar o antiviral.

4 - O Brasil tem medicamento suficiente para enfrentar a influenza A (H1N1)?
Sim. O Ministério da Saúde tem medicamento suficiente para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1). O MS tem um estoque de 9 milhões de tratamentos em pó. Eles foram adquiridos em 2005, época de uma possível epidemia de gripe aviária. Além disso, na terça-feira (21 de julho), o governo federal recebeu mais 50 mil tratamentos. Desses, 15 mil vão para o Rio Grande do Sul, estado entre os mais afetados pela doença. Outros estados com maior número de casos também receberam quantidade adicional de tratamento. Até o fim de julho, o MS vai receber mais 150 mil tratamentos. Nas próximas semanas, será um milhão a mais de medicamentos disponíveis, além do que está estocado em pó. O Ministério esclarece que o estoque de remédios está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

5 - Quais os critérios de utilização para do medicamento fosfato de oseltamivir?
Apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o fosfato de oseltamivir. Os demais terão os sintomas tratados de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão e Hong Kong. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o fosfato de oseltamivir.

6 - Quem está no grupo de risco?
O grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), pessoas com obesidade mórbida e também com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.

7 - Por que o Rio Grande do Sul registra tantos casos da influenza A (H1N1)?
Todos os anos, o Brasil registra ocorrências de casos graves e óbitos por gripe e doenças associadas, como pneumonia, em todas as regiões. Neste período do ano, que é inverno, sempre há maior ocorrência desses casos, em especial no RS e nos outros estados do Sul e Sudeste. Isso porque eles têm o inverno mais rigoroso e mais prolongado. Além disso, no caso especifico da influenza A (H1N1), há países com maior número de casos que fazem fronteira com o Rio Grande do Sul, como é o caso da Argentina. A disseminação da doença aumenta e não é indicado controlar o fluxo de pessoas na fronteira, pois isto não tem efeito na disseminação da doença.

8 - Grávidas podem tomar fosfato de oseltamivir?
Não há registros de efeitos negativos do uso do fosfato de oseltamivir em mulheres grávidas e em fetos. No entanto, como medida de precaução e conforme orientação do fabricante, esse medicamento só deve ser tomado durante a gravidez se o seu benefício justificar o risco. Essa decisão deve ser tomada de acordo com indicação médica.

9 - Existe transmissão sustentada do vírus da Influenza A (H1N1) no Brasil?
Desde 24 de abril, data do primeiro alerta dado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o surgimento da nova doença, até o dia 15 de julho, o Ministério da Saúde só havia registrado casos no país de pessoas que tinham contraído a doença no exterior ou pego de quem esteve fora. No dia 16 de julho, o Ministério da Saúde recebeu a notificação do primeiro caso de transmissão da Influenza A (H1N1) no Brasil sem esse tipo de vínculo. Trata-se de paciente do Estado de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Esse caso nos deu a primeira evidência de que o novo vírus está em circulação em território nacional. Todas as estratégias que o MS deveria adotar numa situação como esta já foram tomadas há quase três semanas. O Brasil se antecipou. A atualização constante de nossas ações contra a nova gripe permitiu que, neste momento, toda a rede de saúde esteja integrada para manter e reforçar as medidas de atenção à população.

10 - Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1)?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao ter alguns desses sintomas, procure seu médico ou vá a um posto de saúde. É importante frisar que, na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.

11 - Quando eu devo procurar um médico?
Se você tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum.

12 - O que fazer em caso de surgimento de sintomas?
Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe deve procurar seu médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, os pacientes serão encaminhados a um dos 68 hospitais de referência.

13 - Por que o exame laboratorial parou de ser realizado em todos os casos suspeitos?
Essa mudança ocorreu porque um percentual significativo — mais de 70% — das amostras de casos suspeitos analisadas em laboratórios de referência, antes dessa mudança, não era da nova gripe, mas de outros vírus respiratórios, ou não era de nenhum virus. Com o aumento do número de casos no país, a prioridade do sistema público de saúde é detectar e tratar com a máxima agilidade os casos graves e evitar mortes.

15 - Os hospitais estão preparados para atender pacientes com a Influenza A (H1N1)?
Atualmente, o Brasil possui 68 hospitais de referência para tratamento de pacientes graves infectados pelo novo vírus. Nestas unidades, existem 900 leitos com isolamento adequado para atender aos casos que necessitem de internação. Todos os outros hospitais estão preparados para receber pacientes com sintomas leves de gripe.

16 - Como eu posso me prevenir da doença?
Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como: lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

sábado, 25 de julho de 2009

GRIPE “A”: PREVINA-SE

1. EVITE LOCAIS FECHADOS COM AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS;

2. EVITE DAR AS MÃOS OU CUMPRIMENTAR COM BEIJOS EM AMBIENTE HOSPITALAR;

3. EVITE PERMANECER NAS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL SE NÃO FOR EXTREMAMENTE NECESSÁRIO;

4. EVITE VISITAR PESSOAS COM SUSPEITA DE ESTAR COM GRIPE A;

5. LAVE AS MÃOS FREQUENTEMENTE COM ÁGUA E SABÃO, ESPECIALMENTE DEPOIS DE TOSSIR OU ESPIRRAR;

6. USE ÁLCOOL EM GEL PARA HIGIENIZAR AS MÃOS;

7. AO TOSSIR OU ESPIRRAR, CUBRA O NARIZ E A BOCA COM LENÇO, PREFERENCIALMENTE DESCARTÁVEL;

8. EVITE TOCAR OS OLHOS, NARIZ OU BOCA;

9. EVITE CONTATO DIRETO COM PESSOAS DOENTES;

10. NÃO COMPARTILHAR ALIMENTOS, COPOS, TOALHAS E OBJETOS DE USO PESSOAL;

11. EM CASO DE ADOECIMENTO, PROCURAR ASSISTÊNCIA MÉDICA E INFORMAR HISTÓRIA DE CONTATO COM DOENTES OU/E ROTEIRO DE VIAGENS RECENTES;

12.
NÃO USAR MEDICAMENTOS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comitê Municipal de Urgência e Emergência realiza reunião na próxima quarta-feira

O Comitê Municipal de Urgência e Emergência de Vitória da Conquista realiza na próxima quarta-feira (29), às 18h, no auditório do Hospital de Base, reunião mensal, tendo como pauta a grande demanda no pronto-socorro do HBase; a escala de plantonistas nos pronto-socorros que atendem pelo SUS, e principalmente, como a rede SUS do município está se preparando para um eventual surto de Gripe A (H1N1).

O Comitê Municipal de Urgência e Emergência é uma entidade ligada à Secretaria Municipal de Saúde, presidido pelo Coordenador Médico do SAMU 192, Sandro Bahia, e tem a participação dos representantes de todos os hospitais da Rede SUS que atendem a pacientes em situação de urgência e/ou emergência e da Secretaria Municipal de Saúde. Também fazem parte do comitê a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar. O evento terá a presença da Promotoria Pública e do presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores.

Ascom do HGVC

Evento marca Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

Cerest e CIPA/ASAS promovem mobilização na Praça 9 de Novembro

Uma mobilização especial, com atividades educativas, apresentações culturais e serviços de saúde, vai marcar o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes, em Vitória da Conquista, na próxima segunda-feira, 27. A programação, realizada em parceria pelo Centro Regional de Atenção à Saúde do Trabalhador/Cerest e pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes/CIPA, da Associação de Apoio à Saúde Conquistense, será realizada na Praça 9 de Novembro, das 9h às 16h.

O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho é voltado para a conscientização da sociedade a respeito das normas de segurança no trabalho e da importância de programas que garantam a saúde do trabalhador nas mais diversas instituições do país. Representantes de órgãos públicos e empresas privadas também participarão do evento.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Bahia investe mais de R$ 2 milhões no combate à gripe A

Apesar do quadro de propagação do vírus H1N1 estar sob controle no estado, o governo investe cerca de R$ 2,4 milhões em ações preventivas contra o avanço da doença na Bahia. O valor foi aplicado na reforma e adequação dos setores ambulatorial e hospitalar do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM), inauguradas nesta quinta-feira (23). Agora, a unidade de saúde dispõe de mais oito leitos para atendimento específico aos pacientes com suspeitas da Influenza A, conhecida popularmente como gripe Suína.

De acordo com o governador Jaques Wagner, a Bahia está preparada para lidar com a tipologia da gripe, que mantém um padrão de contágio baixo no estado. “É preciso não criar pânico. Continuaremos atentos à evolução da doença para colocarmos em prática novos planejamentos estratégicos, se necessários, a partir da quantidade de casos”, afirma.

Até a última terça-feira (21), a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou 49 casos da doença, sem nenhum óbito. Do total, 37 (75%) são residentes de Salvador. Por isso, os investimentos em medidas combativas na capital baiana, a começar pelo Otávio Mangabeira, unidade de referência em alguns eixos assistenciais como a tuberculose. O secretário de Saúde, Jorge Solla, afirma que outras cidades também já estão sendo contempladas com ações da Sesab contra a gripe A.

“Estamos atuando em localidades com entroncamento rodoviário, como Feira de Santana. Nestas, estão sendo realizadas ações de treinamento, atualização e capacitação de clínicos para lidar com os sintomas da influenza. Além disso, a fiscalização nos aeroportos segue firme”, assinalou Solla.

Reformas Os novos leitos complementares do HEOM juntam-se a outras quatro enfermarias de isolamento total do hospital, que passaram por obras de reestruturação em abril, quando o Ministério da Saúde alertou sobre a nova cepa do vírus de influenza. No total, 12 leitos estão exclusivamente voltados ao tratamento da gripe A.

Também foi reformada a Enfermaria H, resultando no aumento de sua capacidade de atendimento, com potencial para 48 internações mensais. Por fim, a ampliação da área de triagem dos pacientes e a criação de um miniambulatório específico para o atendimento aos casos de influenza, com uma recepção e três consultórios com capacidade para realizar 2,4 mil consultas por mês.

O diretor médico do Octávio Mangabeira, Agostinho Gobira, afirma que as novas instalações já estão sendo usadas. Dois casos suspeitos, com quadro clinicamente estável, comprovam a eficácia das reformas e adequações. Segundo o médico, a equipe também está preparada para os possíveis pacientes com sintomas da gripe. Entre os métodos preventivos, Gobira destaca, “a higienização das mãos é imprescindível e, uma vez com sintomas da gripe normal, deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde e evitar aglomerações”.

fonte: www.agecom.ba.gov.br

Saúde capacita agentes comunitários e de endemias sobre Gripe A

A Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista realiza nesta sexta-feira (24) uma oficina de capacitação junto aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de endemias sobre a gripe A.

O objetivo do encontro, que acontece a partir das 8:30 da manhã no auditório do Pólo de Capacitação/Estrada da Uesb, é possibilitar que esses profissionais se informem sobre a doença e sejam multiplicadores das orientações de precauções e medidas preventivas de controle da Influenza A.

Mesmo não havendo casos confirmados da gripe A em Vitória da Conquista, a Secretaria de Saúde já está orientando os profissionais, de acordo com os Protocolos do Ministério da Saúde, para que as equipes estejam preparadas para lidar de maneira adequada em caso de ocorrência da Gripe na cidade.

Atendimento de saúde será mantido durante a greve

As unidades básicas do município estão funcionando normalmente e as equipes de saúde da família em sistema de rodízio

Mesmo com a greve dos profissionais que prestam serviço à Secretaria Municipal de Saúde, nas ações de Atenção Básica, por meio da Associação de Apoio à Saúde Conquistense (ASAS), a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista está garantindo a continuidade da prestação dos serviços de saúde para a população. As sete unidades de atenção básica do município estão funcionando normalmente e as equipes de saúde da família estão trabalhando conforme escala definida em assembléia pelo sindicato da categoria.

Dentre os profissionais que aderiram à greve, 33% continuarão em atividade diariamente. O município conta com 38 equipes de saúde da família, na zona urbana e rural, das quais duas não aderiram à greve .Na zona rural, os atendimentos serão mantidos nas sedes dos distritos, conforme escala.

Quem tiver algum procedimento agendado em dia nas quais a Unidade de Saúde da Família não estiver funcionando, terá o atendimento reagendado na própria unidade logo após o término da greve. “As consultas marcadas na atenção especializada estão mantidas”, afirma a coordenadora de Atenção Básica, Karine Brito.

Para o caso de a greve dos profissionais perdurar, a Secretaria de Saúde já estabeleceu um cronograma de funcionamento para que a população tenha acesso aos atendimentos médicos, odontológico, de enfermagem, curativos, vacinas e medicamentos.

fonte: www.pmvc.com.br

HGVC prepara estratégias para enfrentamento contra a Gripe A (H1N1)


Núcleo de Epidemiologia do HBase ofereceu curso sobre a Gripe A, no auditório da unidade, durante uma semana




O Hospital Geral de Vitória da Conquista deu início ao planejamento de estratégias para o enfrentamento da Gripe A (H1N1), que vem se alastrando por todo o mundo, e pode atingir o município. Todos os cuidados estão sendo observados para garantir à população o máximo de informações, e para evitar pânico a partir de notícias não oficiais, como vem ocorrendo nos últimos dias. Além disso, os profissionais de saúde estão sendo devidamente instruídos para que observem o protocolo formulado pela Sesab.

A primeira reunião entre instituições de saúde aconteceu em 15 de julho, na sede da 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), que teve uma sanitarista como participante da atividade, além de representante do Hospital Geral de Vitória da Conquista e Secretaria Municipal de Saúde. Na oportunidade, foi apresentado o Protocolo de Manejo Clínico da Gripe A e definido o envio destas informações a todos os municípios da regional, com apoio do HGVC e Secretaria Municipal de Saúde.

Na última segunda-feira (20), o HGVC apresentou a representantes das vigilâncias epidemiológicas dos 19 municípios da regional as medidas de biossegurança para a Gripe A, ficando estabelecido que a unidade seria referência para coleta do material de nasofaringe para diagnóstico da enfermidade e internamento de casos graves, e que os encaminhamentos de pacientes seriam realizados por meio da regulação de leitos, com relatório médico e ficha de investigação preenchida.

Capacitação de funcionários

O HGVC iniciou na última terça-feira (21), por meio do Núcleo de Epidemiologia, capacitação sobre a Gripe A para seus servidores, com instruções sobre sintomas, epidemiologia e medidas de biossegurança, com atividades que se estendem até amanhã (24), no auditório da unidade. As instituições definem esta semana uma programação mais extensa, com participação do HGVC, 20ª DIRES e SMS, com o objetivo de capacitar médicos e enfermeiros de todo o município.

Ainda na terça-feira, aconteceu no auditório do HGVC, reunião com as três instituições para definição de protocolos de atendimento, internamento e coleta de material com envio para o LACEN. De ontem até o próximo dia 29, a direção clínica do HGVC apresentará Protocolo de Manejo no atendimento da Gripe A para os médicos que atendem na emergência. Está programada também para esta semana a divulgação de Boletim Epidemiológico do HGVC sobre Gripe A, com informações sobre o enfrentamento da doença na unidade.

Bahia tem confirmados 49 casos de gripe A (H1N1)

O estado da Bahia contabiliza, agora, 49 casos confirmados da Gripe A (H1N1). A informação é da Coordenação de Vigilância às Emergências em Saúde Pública (Cevesp) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). De 24 de abril a 21 de julho deste ano, foram considerados como suspeitos 245 casos, sendo confirmados 49 deles. Outros 54 casos foram descartados, 142 estão em investigação e não ocorreu nenhum óbito.

Dos casos confirmados, 25 (51% do total) são do sexo feminino. A idade média dos 49 casos confirmados é de 27,6, variando de 3 a 55 anos. A maioria, 75,5% (37 casos) é de residentes em Salvador e os outros residentes nas cidades de Cachoeira (3), Lauro de Freitas (2), Ilhéus (2) e Porto Seguro, Feira de Santana e Guanambi (1 em cada cidade). Um dos casos confirmados é residente em Maceió (AL) e outro em Montevidéu, Uruguai. No caso da pessoa residente em Feira de Santana, o paciente, vindo do Chile, fez o tratamento em Salvador, onde ficou em hospital particular.

A Argentina foi o possível local de contaminação para 85,2% (42 casos), seguido pelo Chile (4), Estados Unidos e Uruguai - 1 em cada país. Um dos casos não refere viagem para fora do país, entretanto, esteve participando de evento no Rio Grande do Sul, onde ocorreram muitos casos da doença.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

ARTIGO - Manutenção: uma necessidade imperativa e contínua

Herberson Sousa Silva


"Manutenção é a ajuste de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo supervisão, dedicadas a manter ou recolocar um item em estado no qual possa desempenhar uma função requerida"





Instituições com experiência em manutenção predial logram êxitos em grande número de ações em função da articulação com todos os setores técnicos e administrativos. Isto tem promovido verdadeiras transformações no ambiente de trabalho. Quando chegamos a um espaço em funcionamento onde as coisas acontecem de maneira aparentemente “natural” achamos que tudo funciona perfeitamente e que não há nenhum tipo de problema.

Pelo contrário, existem problemas e não são poucos. No entanto, o diferencial é que todos são convencidos a interagir com as rotinas e fluxos fazendo com que mantenham essa idéia de primor. Isso ocorre em função dos investimentos realizados em treinamentos e capacitações que fortalecem a cultura organizacional de forma humanizada, aumentando a efetividade na gestão e a satisfação dos usuários.

Do manuseio adequado de um equipamento eletro-eletrônico; da utilização correta de uma malha hidráulica; da utilização apropriada da rede elétrica; do manuseio do vácuo no pronto atendimento a um paciente crítico, depende do domínio da tecnologia para uma completa aplicação do recurso disponível. Não obstante saber utilizar corretamente os equipamentos de manutenção é necessário manter este equipamento em perfeitas condições de uso para uma possível emergência.

É preciso que criemos a cultura do uso competente dos equipamentos em qualquer que seja o setor. A maneira com que manejamos qualquer equipamento, seja do MOP úmido na higienização do ambiente infectado ou seja da caneta cirúrgica no corte preciso de um tecido humano, é imprescindível que façamos o uso impecável da técnica adquirida na capacitação. Contudo, o fim maior da apropriação de uma tecnologia é o aumento da resolutividade no atendimento e redução de gastos desnecessários aos cofres públicos, otimizando os limitados recursos financeiros.

Apesar desta necessidade imperiosa, sabemos que não é nada fácil a aceitação das inovações e transformações do mundo do trabalho e das práticas profissionais. Trata-se de desfazer uma cultura fossilizada pelos velhos hábitos verificados muitas vezes em nossas práticas profissionais e que precisam ser vistoriadas de forma a readequar as novas práticas estabelecidas pelos conselhos de classes e órgãos sanitários de inspeção que periodicamente realizam cursos de capacitação e adequações das normas estabelecidas pelas portarias.

Neste sentido, o HBase, inaugurado em 15 de março de 1999, tendo portanto 15 anos de existência, precisa passar por uma intervenção corretiva em suas estruturas. Nossa malha elétrica e hidráulica desempenhou seu papel, desgastando-se em função do uso e por isso sofreram corrosões típicas em função do uso podendo comprometer a continuidade de funcionamento. Por isso precisa ser corrigido antes que cause problemas, inviabilizando seu desempenho. Objetivando ampliar a oferta de serviços na rede própria para atender uma demanda efetiva de usuários do sistema, buscou-se ampliar construindo novas instalações como a UTI-II, Necrotério, Capela e almoxarifado. Por isso precisamos intervir nas malhas submersas, como entupimento da malha hidráulica ou sobrecarga na malha elétrica por utilização de cabeamento de força inadequado, para que não tenhamos problemas futuros mais graves .

Herberson Sousa Silva
Coordenador de Manutenção Predial do HBase
Graduando em Ciências Econômicas pela UESB

Ministério recebe 50 mil tratamentos para a nova gripe

Até setembro, o Ministério da Saúde terá disponível 1 milhão de tratamentos para a Influenza A (h1N1), que serão distribuídos aos estados


O primeiro lote de 50 mil tratamentos contra Influenza A (H1N1), adquiridos pelo Ministério da Saúde, chegou a um dos depósitos do governo federal nesta terça-feira, 21 de julho. Eles serão distribuídos aos 68 hospitais de referência de todo o país para o atendimento aos pacientes com a nova gripe. Uma segunda leva dos remédios, mais 50 mil, será entregue até o dia 15 de agosto. E outros 750 mil tratamentos chegarão até o dia 30 de setembro.

O Ministério, por meio do Laboratório de Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – RJ), já está produzindo 150 mil tratamentos, que estarão disponíveis para uso a partir do fim do mês. Ao todo, será um milhão de tratamentos.

Cada um dos tratamentos é composto por 10 comprimidos de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para uma pessoa. A remessa distribuída no país deve superar o número de casos graves, segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. O medicamento é indicado apenas para essa parcela, que representa menos de 5% dos pacientes com os sintomas. “É esperado um aumento da procura pelo remédio agora no inverno, quando a doença atingirá um maior número de pessoas. Receberemos quantidade suficiente para atender essa demanda”, destaca Hage.

PRODUÇÃO PRÓPRIA - O medicamento é considerado o mais eficiente, até o momento, no tratamento de influenza H1N1, sendo recomendado, inclusive, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde investiu R$ 34,75 milhões na compra dos 800 mil novos tratamentos. O contrato com a Roche foi firmado em junho.

O país possui matéria-prima para produzir um total de 9 milhões de tratamentos. O insumo foi adquirido em 2005, na época para uma possível epidemia de gripe aviária. “Estamos com estoque suficiente para enfrentar essa pandemia. Se houver necessidade, produziremos mais medicamentos”, afirmou Eduardo Hage.

Da transformação em comprimidos até a autorização para a sua distribuição, o medicamento fabricado no Brasil passou por testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que encaminha processo para concessão do registro.

Conforme o protocolo do MS – que segue as orientações da OMS, o tratamento é indicado apenas para os pacientes com sintomas graves, fatores de risco e profissionais de saúde que trabalham diretamente com os doentes. O remédio deve ser ministrado nas primeiras 48h do aparecimento de sintomas graves.

DISTRIBUIÇÃO - No que diz respeito à logística de distribuição dos tratamentos, ela permanecerá centralizada. O governo federal envia os medicamentos para cada estado. Então, a Secretaria Estadual indica não só as unidades de referência para atendimento, como amplia o número de hospitais para internamento. Além disso, outras unidades são indicadas para atender os casos e usar antiviral, não necessariamente fazer internação. O papel do MS é prover a medicação de acordo com a solicitação da Secretaria Estadual ou Municipal.

Não há medicamentos disponíveis no comércio. Medida adotada reduzir a probabilidade de resistência do vírus ao remédio e devido aos riscos de automedicação.

Campanha de preveção do câncer de pênis será lançada, na Bahia, na próxima sexta

A Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pênis, desencadeada esta semana pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), será lançada oficialmente na Bahia na próxima sexta-feira, dia 24, às 11 horas, no auditório do Cedeba (Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia), localizado no Centro de Atenção à Saúde Professor José Maria de Magalhães Netto (CAS), com o apoio das secretarias estadual e municipal de Saúde. Na oportunidade, além de ser apresentado o material educativo da campanha, que tem como "padrinho" o ex-jogador de futebol Zico, será proferida palestra sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pênis, voltada para médicos de Saúde da Família e agentes comunitários de Saúde (ACS).

Com o slogan "Prevenir é fácil. Jogue limpo com seu amigo.", a Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pênis, na Bahia, é realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia/Regional Bahia, e prevê palestras e distribuição de material educativo (vídeos, cartazes e folders) em Salvador e mais 12 municípios - Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Porto Seguro, Jacobina, Paulo Afonso, Juazeiro e Barreiras. Serão realizadas também panfletagens no estádio de Pituaçu e no Barrarão, durante os jogos entre Bahia e Vasco da Gama e Vitória e Coritiba, que acontecem no próximo final de semana.

Integra também a campanha um mutirão para cirurgia de fimose, envolvendo os hospitais Geral Roberto Santos, Universitário Professor Edgar Santos (HUPES), Santo Antônio, Santa Isabel e Aristides Matez. No próximo sábado, dia 25, serão realizadas as primeiras cirurgias, em pacientes já inscritos, avaliados e com indicação cirúrgica. O médico urologista Wagner Porto, presidente da regional baiana da SBU, esclarece que a presença de fimose está entre os principais fatores de risco para o câncer de pênis, doença que no Brasil representa 2% de todos os casos de câncer no homem, sendo mais freqüente nas regiões Norte e Nordeste.

"ÁGUA E SABÃO"

Água e sabão. Essa é a estratégia vencedora no jogo contra o câncer de pênis, segundo os idealizadores da campanha. O presidente da SBU/Bahia revela que além da falta de higiene e da presença de fimose, doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, feridas que não cicatrizam com tratamento convencional e infecção pelo vírus HPV são fatores de risco para o câncer de pênis, doença que quando diagnosticada no início possui tratamento e é facilmente curada.

A abertura da Campanha de Combate ao Câncer de Pênis na Bahia terá a participação do presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, José Carlos Almeida, e do coordenador nacional da campanha, Aguinaldo Nardi, além do presidente da SBU/Bahia, Wagner Porto e representantes da Sesab e da secretaria municipal de Saúde de Salvador.

ENSP E UAB oferecem 350 vagas para a Bahia em cursos a distância

O Sistema Universidade Aberta do Brasil, do Ministério da Educação, e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) - por meio da Educação a Distância - estão oferecendo 1.380 vagas para alunos das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. As vagas estão distribuídas entre os cursos de aperfeiçoamento em Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde, Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde e Vigilância Sanitária. As inscrições, que podem ser feitas no site www.ead.fiocruz.br, estão abertas até 15 de agosto.

Na Bahia, são 350 vagas distribuídas em quatro pólos. Para o curso de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde, serão 20 vagas para o pólo de Bom Jesus da Lapa, 20 para o pólo de Mundo Novo, 40 em Itamaraju e 120 vagas em Salvador. Para o curso de Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde serão 30 vagas no pólo de Itamaraju e 90 em Salvador. Para o aperfeiçoamento em Vigilância Sanitária serão 30 vagas para o pólo de Mundo Novo.

Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde

O objetivo é desenvolver capacidades para fomentar processos locais de educação permanente, potencializar a organização da cadeia de cuidados, desenvolver capacidade avaliativa, construir para mediações/negociações e promover articulação de atores com vistas ao desenvolvimento de um processo consistente e sustentável de qualificação do Sistema Único de Saúde (SUS).

O curso possibilita a identificação e análise dos problemas encontrados no cotidiano das práticas de gestão, do cuidado e do exercício do controle social, visando à transformação do processo de trabalho em saúde. É voltado para trabalhadores das áreas de educação e saúde, de nível superior, envolvidos com a estratégia de fortalecimento do SUS, atuantes nas áreas de gestão, formação, cuidado e controle social.

Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde

O objetivo é capacitar profissionais para o planejamento, priorização, elaboração, execução e avaliação de projetos de investimentos integradores, sustentáveis e relevantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). A abordagem metodológica está voltada para o planejamento e o estudo do território como ambiente institucional, em meio ao processo de regionalização das redes de serviços do SUS.

O público alvo são profissionais de nível superior vinculados às secretarias municipais, estaduais, coordenações regionais e unidades de saúde e de educação com atuação em gestão de projetos, planejamento e organização de redes e serviços públicos e filantrópicos.

Aperfeiçoamento em Vigilância Sanitária

O objetivo é a qualificação de profissionais inseridos ou não no processo de trabalho em saúde para a compreensão e interação com as ações de promoção e proteção nos campos da Vigilância Sanitária. Em especial, para o exercício da docência desses saberes em todos os níveis da educação formal e informal e junto à comunidade. Entre as perspectivas do curso estão o desenvolvimento de competências e habilidades que propiciem a identificação e atuação sobre riscos e agravos decorrentes do processo de produção, circulação e consumo de bens e serviços, tendo por base o conceito ampliado de saúde, entendido como qualidade de vida e direito de cidadania.

O curso é voltado para docentes de instituições de ensino públicas e privadas que atuam em coordenação, disciplinas e na direção de cursos da Educação Básica e Superior, em especial, dos campos da saúde e da educação. Ele também abrange profissionais de nível superior atuantes nas estruturas operacionais das secretarias municipais de saúde, como os setores de vigilâncias, planejamento, gestão de pessoas e programas e em atividades de apoio à formação prática de outros profissionais de saúde, que desenvolvam atividades educativas em instituições de ensino e pesquisa nos campos da educação e saúde.

Canal Saúde debate alternativas de gestão para saúde pública do país

Propostas podem mudar relações trabalhistas na administração pública e dividem opiniões

O "Sala de Convidados", do Canal Saúde/Fiocruz, debate ao vivo, sexta (24), às 13h, as diferentes propostas de modelos de gestão para o Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as principais alternativas que o programa vai discutir estão as Fundações Estatais de Direito Privado e as Organizações Sociais de Saúde (OSS). Veja o que muda com a implantação dessas novas propostas desde a gestão, passando pelas relações trabalhistas com os servidores, até o atendimento ao cidadão.

No programa Sala de Convidados, o público poderá participar ao vivo pela WEB , no chat, ou assistir pela NBR e ligar 0800 701 8122. Se preferir, pode antecipar a participação enviando perguntas pelo e-mail canal@fiocruz.br

Convidados

Para debater com internautas e telespectadores, estarão no estúdio o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Junior; o diretor da Atenção Básica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Heider Pinto; a coordenadora do Instituto de Direito Sanitário, Lenir Santos; e o diretor executivo da Fiotec/Fiocruz, Pedro Barbosa.

Veja como algumas dessas propostas já funcionam. Em São Paulo, 23 dos 72 hospitais da rede estadual são administrados por OSS. Conheça o Hospital Geral de Pedreira, que sob gestão de uma instituição filantrópica tem 280 leitos e realiza, mensalmente, quase 30 mil atendimentos de emergência, 500 cirurgias, 1.400 internações e mais de 20 mil consultas.

Fundações Estatais

Uma das propostas que mais tem se destacado, principalmente em função da polêmica que gera, é o das Fundações Estatais. Com a nova proposta, a relação trabalhista seguiria as regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), diferente do modelo de gestão federal atual. O Ministério da Saúde prevê a implantação das Fundações, uma vez aprovada, em aproximadamente metade dos cinco mil hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Mas, o Ministério enfrenta resistência para aceitação do projeto no próprio setor saúde, como na 13ª Conferência Nacional de Saúde.

E para você, até que ponto essas alternativas podem influenciar na qualidade do atendimento prestado ao cidadão? Dê a sua opinião ao vivo no Sala de Convidados.

Onde ver

Para saber como assistir a NBR na sua cidade ou obter mais informações sobre a NBR, acesse http://www.ebcservicos.ebc.com.br/veiculos/nbr. Para assistir no site do Canal Saúde, acesse , clique na TV com a inscrição "ao vivo" e participe a partir do chat associado à transmissão. Se preferir, antecipe suas perguntas: canal@fiocruz.br. O Sala de Convidados é apresentado por Renato Farias.

terça-feira, 21 de julho de 2009

MS fecha parcerias para aumentar o fluxo de informações sobre influenza no Brasil

Ministério da Saúde conta com vários parceiros em todo país para difundir mensagens sobre a nova doença

Para massificar as informações sobre a Influenza A (H1N1) no país, o Ministério da Saúde formaliza parcerias com diversas entidades governamentais e órgãos da iniciativa privada. Até o momento, já foram fechadas parcerias com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Banco do Brasil, a empresa de telefonia Vivo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e o Sistema CNT/SEST/SENAT, entre outros órgãos.

Todo esforço para difundir as mensagens sobre a nova gripe pelo país vem se somar ao início da nova campanha nacional de esclarecimentos sobre a doença estrelada pelo Dr. Bactéria. Os filmes e spots atuais reforçam informações sobre as formas de contágio, de transmissão e de tratamento da doença e atendem às necessidades identificadas em pesquisa realizada entre os dias 4 e 6 de julho, quando foram entrevistados 802 brasileiros. “Essas parcerias têm sido de extrema importância para que o Brasil consiga minimizar os efeitos da doença em todo o território nacional”, afirma Marcier Trombiere, chefe da Comunicação do Ministério da Saúde.

TRANSPORTE INTERESTADUAL – O MS vai intensificar a divulgação nas rádios com cobertura em estradas e regiões de fronteira com maior fluxo de caminhões e ônibus de passageiros. Uma parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) possibilitou a distribuição de material informativo em 13 postos onde há transporte rodoviário internacional e nas linhas de transporte interestadual de passageiros. Nessa mesma linha, haverá a distribuição de material informativo pela Secretaria Estadual de Saúde do RS aos profissionais e passageiros da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e pelo sistema CNT/SEST/SENAT aos profissionais do transporte de cargas.

Entre dos dias 23 e 25 de julho, quando ocorre a 20ª Festa do Caminhoneiro, em Guarulhos (SP), o MS montará um stand que servirá para distribuição de material gráfico específico sobre a Influenza A (H1N1). Nessa, que é a maior feira voltada para o público do transporte de cargas no país, profissionais de saúde orientarão os caminhoneiros sobre as principais formas de prevenção do vírus.

POLÍCIA RODOVIÁRIA – Um dos desafios do Ministério tem sido as regiões de fronteira do país, sobretudo em seis estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nessas localidades, o MS já havia fechado, em junho, uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal para divulgar material informativo sobre o vírus Influenza A (H1N1) nos 170 postos da PRF. O material está sendo distribuído pelos policiais federais durante abordagens de rotina aos veículos parados nos postos das rodovias desses seis estados, inclusive aqueles com grande fluxo de caminhões e ônibus com procedência das fronteiras do Mercosul.

Nos pontos de apoio das estradas, como restaurantes e postos de combustível, estão sendo fixados cartazes e distribuídos panfletos. Agora, nesta nova fase de enfrentamento do vírus, o Ministério disponibilizará mais 500 mil panfletos e 20 mil cartazes com informações mais recentes – como a mudança de protocolo, adotada desde a última semana.

NOS CELULARES E EXTRATOS – A empresa de telefonia Vivo enviará aos seus clientes as seguintes mensagens: “Saiba como se prevenir: www.saude.gov.br ou Disque Saúde 0800 61 1997. Uma dica da Vivo e do Ministério da Saúde” e “ Sintomas da Influenza A(H1N1)? Procure o seu médico ou a unidade de saúde mais próxima. Uma dica da Vivo e do Ministério da Saúde”. Inicialmente, essa ação será em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Já o Banco do Brasil enviou mensagens sobre a influenza A nos extratos bancários de todos seus milhares de correntistas, no início de julho, para fortalecer o trabalho do Ministério.

Outra preocupação do MS é com a volta às aulas, depois das férias escolares de julho. O Ministério articulou, em parceria com o Ministério da Educação, uma série de ações de comunicação para manter professores e alunos informados sobre a gripe A (H1N1). Entre elas está a veiculação de dois capítulos do Vila Saúde, um programa de TV desenvolvido com linguagem apropriada para o público infanto-juvenil que vai ao ar na TV Escola. Haverá também a divulgação de conteúdo sobre a doença nos portais do Professor e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Além disso, serão publicados anúncios e informações sobre a doença na revista Nova Escola, voltada para professores e especialistas em ensino.

REDES SOCIAIS – Interessado em disseminar informações sobre a Influenza A também nas novas redes sociais (Orkut, Twitter, Youtube), o MS criou um perfil social. Com ele, já foram realizadas mais de 1.500 intervenções em 191 diferentes locais da internet, como blogs, sites de notícias e relacionamento. Na maior comunidade “Influenza A” do Orkut, com mais de 100 mil membros, o moderador se comunica constantemente, sanando dúvidas e interagindo com os internautas.

Desde o dia 25 de abril, o MS passou a realizar um atendimento personalizado aos cidadãos nessas redes sociais. Essa intervenção, feita de uma forma direta e eficaz, seguiu modelo realizado em 2008, com a Campanha Nacional de Vacinação contra Rubéola. Foram criados um hotsite, um blog e um canal de comunicação no estilo “Fale Conosco”. As respostas são personalizadas e baseadas em informações técnicas, elaboradas pelas equipes especializadas do ministério, de forma simples e direta, para facilitar o entendimento do internauta. Diariamente, toda a rede social da internet é monitorada, priorizando os principais meios de comunicação, como sites de notícias, blogs e sites de relacionamento.

CARTA DO MINISTRO – Durante o mês de junho, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enviu uma carta a todas as 27 unidades dos Conselhos Regionais de Medicina, além do Conselho Federal de Medicina. No documento, o ministro pediu a colaboração de todos os profissionais de saúde do país. Além disso, ele ressaltou a importância de o profissional da saúde se manter informado e atualizado quanto às mudanças de protocolo e às modificações desse que é ainda um vírus novo para todos.

Ministro responde principais dúvidas do cidadão
Perguntas e respostas - Influenza A (H1N1) (16/07/2009)
Confira o pronunciamento do ministro (16/07/2009)

Casos de dengue têm redução de 80% na Bahia nos últimos três meses



Governador Jaques Wagner faz videoconferência Saúde de Todos Nós





Casos de dengue têm redução de 80% na Bahia nos últimos três meses


Nos últimos três meses houve uma redução de 80% nos casos de dengue na Bahia. A informação foi divulgada durante a Videoconferência Saúde de Todos Nós - Combatendo a Dengue e Diminuindo a Mortalidade Materno-Infantil, realizada nesta segunda-feira (20), a partir do Instituto Anísio Teixeira, para mais de 500 agentes de saúde em 30 pontos de transmissão do estado.

Segundo o secretário da Saúde, Jorge Solla, a redução é resultado das ações estaduais de combate e prevenção da dengue. Para evitar epidemias e reduzir o número de casos e de óbitos, o Governo do Estado criou o Comitê de Mobilização e Combate à Dengue, fez parceria com o Corpo de Bombeiros, adquiriu 169 veículos distribuídos aos municípios baianos para o trabalho de supervisão, vigilância epidemiológica e de combate ao mosquito transmissor.

Houve também parceria com as prefeituras, principalmente com as que registraram maior número de ocorrência, como Jequié, Ilhéus e Itabuna. A instalação das tendas de hidratação e o aumento do número de leitos de emergência e UTI possibilitaram maior rapidez no atendimento às pessoas que apresentavam sintomas da doença.

A videoconferência é mais uma destas ações a fim de ampliar a capacidade dos profissionais de saúde da atenção básica para o combate ao Aedes Aegypti, que vão desde a prevenção até o cuidado com o paciente com suspeita e confirmação de dengue. “O que combate a dengue é a conscientização e responsabilidade dos agentes de saúde e da população. O mosquito com certeza não é mais poderoso do que a ação de combate e que a responsabilidade de todos nós”, afirmou o governador Jaques Wagner durante abertura da videoconferência.

Na ocasião, o governador entregou simbolicamente 1.146 kits para Agentes de Combate às Endemias de 239 municípios, 250 mil capas para reservatórios de água e 40 geladeiras para Unidades de Saúde da Família.

Durante a videoconferência foi lançado o curso de extensão Combatendo a Dengue na Atenção Básica e apresentado o módulo Mamãe-bebê do Curso de Especialização em Saúde da Família. O curso Combatendo a Dengue na Atenção Básica será ministrado na modalidade à distância e faz parte das ações que a Sesab desenvolve no auxílio aos municípios, responsáveis diretos pelo combate ao mosquito. Já o módulo Mamãe-bebê tem como objetivo qualificar as ações para o combate à mortalidade materno-infantil na Bahia.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

LACEN/BAHIA implanta metodologia de avaliação de processos

O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen/Bahia) dá mais um passo na institucionalização do monitoramento e avaliação da gestão através da ferramenta denominada LABMOST, com a realização, no próximo dia 24, sexta-feira, de uma oficina gerencial, voltada para a equipe de coordenação e lideranças da unidade. A oficina tem como principal objetivo revisar e repensar a visão, missão, valores e diretrizes estratégicas da instituição, alinhando-os aos Planos Estadual de Saúde (PES) e Plurianual (PPA).

O LABMOST, que está sendo adotado pelo Lacen/Bahia em parceria com o Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), é uma ferramenta de avaliação de processos gerenciais, adaptada para a gestão de laboratórios, através de um instrumento identificado como Management and Organization Sustainability Tool (Most), que foi desenvolvido nos Estados Unidos, por uma equipe da Management Sciences for Health (MSH).

Segundo Rosane Will, diretora do Lacen/Bahia, o LABMOST foi adaptado, inicialmente, para a gestão das ações programáticas de DST/Aids, e hoje se constitui numa tecnologia de avaliação dos processos gerenciais à realidade dos laboratórios de saúde pública, através de convênio de cooperação técnica entre o projeto MSH/INCQS/Fiocruz. Missão, valores, estratégias, estruturas e sistemas são os principais indicadores utilizados por essa metodologia.

OFICINA

A oficina gerencial dará seguimento ao processo de implantação do LABMOST, iniciado pelo Lacen/Bahia no último mês de março. Durante o evento, a psicóloga Vera Deccó, mestra em Responsabilidade Social e Desenvolvimento e consultora organizacional, profere conferência sobre o tema "Valores: Vida e Alma das Organizações", seguida de atividades que visam refletir sobre o propósito atual da instituição e sua visão de futuro, objetivos estratégicos, ações e competências organizacionais necessárias à sustentabilidade dos resultados de gestão.

"A descentralização dos serviços de apoio diagnóstico e a estrutura de rede estadual de laboratórios com abrangência regionalizada requerem práticas gerenciais inovadoras e efetivas, que garantam qualidade, confiabilidade e credibilidade institucional", defende Rosane Will, adiantando que planeja realizar outras oficinas de gestão, com o propósito de elaborar o planejamento estratégico e avaliar o modelo de gestão do Lacen/Bahia.

sábado, 18 de julho de 2009

Tire suas dúvidas sobre o risco e a prevenção da nova gripe

Conheça os sintomas, como ocorre o contágio e como evitá-lo.

A gripe A (H1N1) é uma doença respiratória causada por um vírus influenza tipo A cujos "ancestrais" causam regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássica foi isolado pela primeira vez num porco em 1930. Desde então, o patógeno sofreu novas recombinações e se tornou mais capaz de infectar pessoas. Saiba o que sabemos sobre essa doença.

Como a nova gripe mata?

Na verdade, qualquer tipo de gripe pode matar, em especial pessoas com sistema imune (de defesa do organismo) enfraquecido. A nova gripe parece ser capaz de afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte, ao menos em certos casos. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito. Outras complicações sérias têm a ver com lesões severas nos músculos, que podem levar a problemas nos rins e no coração, e mesmo, mais raramente, meningites e outros problemas no sistema nervoso central. Em todos esses casos, pode ocorrer a morte.

A OMS declarou que o vírus já causa uma pandemia no mundo. Isso significa que haverá alto grau de mortalidade por causa da gripe?

Não. O conceito de pandemia se refere ao grau de espalhamento da doença ao redor do mundo -- no caso, transmissão sustentada, ou seja, contínua do vírus, em vários continentes. O fato de haver uma pandemia não significa que todos os que adquirem a infecção morrem. Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde, menos de 0,5% das pessoas com infecção confirmada pela nova forma de H1N1 acabaram morrendo. Como cerca de 30% dos que adquirem gripe não apresentam sintomas, e levando em conta que nem todo mundo vai até o médico para relatar a infecção, a porcentagem real de mortos deve ser menor ainda.

Isso, no entanto, não é motivo para falta de cuidado. Quanto maior o número total de pessoas que forem contaminadas pelo vírus, maior será o número de mortes. E, como poucas pessoas possuem defesas inatas contra essa nova forma do patógeno, o espalhamento não-contido do vírus poderá matar muita gente, em especial entre os que têm organismo mais frágil.

Qual é o risco de uma situação de forte avanço da gripe no Brasil?

Ainda é cedo para dizer com certeza. Por sorte, a transmissão do vírus no país aparenta, por enquanto, ser limitada, restringindo-se a pessoas que viajaram para o exterior, para locais onde há focos mais vivazes da nova gripe, ou a pessoas que tiveram contato com os que contraíram a doença fora do país. Isso significa que ainda não existe a chamada transmissão sustentada, ou seja, aquela na qual o vírus circula de forma constante e ininterrupta dentro de uma população. No entanto, isso pode mudar a qualquer momento.

O vírus, se infectar grávidas, pode causar problemas de desenvolvimento em fetos?

Não. O grande problema enfrentado por uma vítima grávida é outro: a relativa debilidade do sistema de defesa de seu organismo perto de outras pessoas. É por isso que a gripe em grávidas é mais perigosa, podendo colocar em risco a vida da mãe e do futuro bebê.

Quem pega a gripe uma vez pode ser infectado por ela novamente mais tarde?

Não. O organismo cria defesas contra o vírus. No entanto, se houver uma mutação significativa na cepa, alterando as características que o causador da doença usa para invadir o organismo, é como se fosse uma nova onda de gripe -- e aí a doença pode acontecer de novo.

Quantos vírus de gripe de origem suína existem?

Como todos os vírus de gripe, os suínos também mudam constantemente. Os porcos podem ser infectados por vírus de gripe aviária e humana. Quando todos contaminam o mesmo porco, pode haver mistura genética e novos vírus que são uma mistura de suíno, humano e aviário podem aparecer. No momento, há quatro classes principais de vírus de gripe suína do tipo A são H1N1, H1N2, H3N2 e H3N1.

Como os seres humanos pegam vírus de origem suína?

Normalmente, esses vírus não infectam humanos. Entretanto, vez por outra, mutações no vírus permitem que eles contaminem pessoas. Na maioria das vezes, os contágios acontecem quando há contato direto de humanos com porcos. Mas também já houve casos em que, após a transmissão inicial do porco para o homem, a partir dali o vírus passou a circular de pessoa para pessoa. Foi o caso de uma série de casos ocorridas em Wisconsin, EUA, em 1988. Nesses casos, a transmissão ocorre como a gripe tradicional, pela tosse ou pelo espirro de pessoas infectadas.

Consumir carne de porco pode causar a nova gripe?

Não. Ao cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius, os vírus da gripe são completamente destruídos, impedindo qualquer contaminação.

O que significa a palavra "pandemia" e os níveis de perigo da OMS?

O termo "pandemia" se refere a uma epidemia de proporções globais, no qual há surtos de uma dada doença de forma "sustentável" (ou seja, sem interrupção da cadeia de transmissão no horizonte) em vários países e em mais de um continente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa uma escala de seis fases para caracterizar a transmissão dos vírus influenza (da gripe) pelo planeta.

Na fase 1, a transmissão só ocorre entre animais.

A fase 2 se caracteriza pelos primeiros relatos de transmissão do vírus de animais para seres humanos.

Pequenos grupos de casos entre humanos definem a fase 3. Nela, no entanto, a transmissão de pessoa para pessoa ainda não é eficiente no grau necessário para que a comunidade inteira onde vivem os infectados esteja em risco.

Na fase 4, a dinâmica da infecção é sustentável o suficiente para causar surtos afetando comunidades inteiras. O risco de pandemia é grande, mas não 100% certo.

A fase 5 corresponde à transmissão de pessoa para pessoa em mais de um país, indicando uma pandemia iminente.

Finalmente, na fase 6, a pandemia está caracterizada.

O que fazer para evitar o contágio?

O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) fez algumas recomendações para evitar a doença.

- Cubra seu nariz e boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Jogue no lixo o lenço após o uso.
- Lave suas mãos constantemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Produtos à base de álcool para limpar as mãos também são efetivos.
- Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se espalham deste modo.
- Evite contato próximo com pessoas doentes.
- Se você ficar doente, fique em casa e limite o contato com outros, para evitar infectá-los.

A gripe é transmitida para animais domésticos, como canarinhos, cães, papagaios e gatos?

Muito provavelmente, não. É cedo para dizer que outros animais estão imunes, mas a característica desse vírus é de transmissão entre suínos -- e agora entre humanos. Normalmente, aves domésticas são contaminadas por outros tipos de vírus. Já cães se infectam por outro tipo de influenza.

Quais são os sintomas da gripe suína?

Os sintomas são normalmente similares aos da gripe comum e incluem febre, letargia, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com gripe suína também tiveram coriza, garganta seca, náusea, vômito e diarreia.

Como se faz o diagnóstico de gripe suína?

Para identificar uma infecção por um vírus influenza do tipo A, é preciso analisar amostras respiratórias do paciente durante os primeiros 4 ou 5 dias da doença -- quando uma pessoa infectada tem mais chance de estar espalhando o vírus. Entretanto, algumas pessoas, especialmente crianças, podem manter o vírus presente por dez dias ou mais. A identificação do vírus é então feita em teste de laboratório.

O consumo de vitamina C ou outras medidas para melhorar a resistência do organismo podem ajudar na prevenção?

Provavelmente não muito, diz o biólogo Atila Iamarino, da USP, que faz doutorado sobre a evolução de vírus como o HIV. "A verdade é que não se sabe se o consumo de vitamina C realmente aumenta a resistência ao vírus. O organismo da pessoa pode estar bem preparado, mas, se as características do vírus nunca tiverem sido encontradas pelo sistema imune, existe o risco de infecção", afirma.

Como é feito o tratamento?

"Existem duas linhas de medicamentos. Uma delas, a amantadina, impede a entrada do vírus nas células humanas. A outra, de medicamentos como o Tamiflu [oseltamivir], tenta barrar a saída do vírus de uma célula quando ele tenta infectar outras", explica o biólogo da USP.

A má notícia, diz Iamarino, é que o H1N1 já se mostrou resistente à primeira classe de remédios. Por enquanto, o oseltamivir ainda parece ser capaz de agir contra ele.

Você pode tomar as atuais vacinas contra a gripe?

Sim. A recomendação é sempre essa, pois essas vacinas ajudam a combater a gripe tradicional.

As vacinas contra a gripe têm alguma influência na proteção contra a nova gripe?

De acordo com o pesquisador da USP, existe a possibilidade de essas vacinas oferecerem proteção parcial contra o vírus proveniente de porcos. No entanto, mesmo que isso aconteça, certamente a formulação delas não será a ideal. "Não sabemos, por exemplo, para que lado vai caminhar a variabilidade genética do vírus suíno. Normalmente, ao produzir uma vacina, você já leva em conta o conhecimento que tem do vírus para tentar cobrir a variação futura dele e alcançar o máximo possível de proteção", diz Iamarino.

O que estão fazendo com estas máscaras descartáveis que vemos nos passageiros de aeroportos? Não seria necessária uma coleta especial para evitar contaminação?

O material de doentes internados em hospitais tem o descarte especial no local. Mas, no caso da maior parte dessas pessoas que estão usando máscaras, o material é para proteção. O pessoal dos voos que vêm com máscara a usam por precaução. Elas podem ser dispensadas num lixo de ambiente, num saco de lixo normal. Dos casos suspeitos, há orientação de jogar o material no hospital, devidamente acondicionado.

O que os cruzeiros marítimos estão fazendo para não terem surtos de gripe dentro dos navios?

Normalmente, o pessoal nos cruzeiros, a tripulação e os passageiros entram em um determinado ponto e têm um trajeto definido. Se estão saindo do Brasil e vão para a Europa, em locais onde não há gripe, não há como acontecer a transmissão. Se vão para lagum local de risco, devem evitar e cancelar o passeio. A bordo do navio, os cuidados são simples: lavagem de mãos, cuidado com pessoas com doenças respiratórias.

E os portos?

O pessoal de portos, aeroporto e fronteira, há dois anos, participam de treinamentos para situações de pandemia. Na época, a preocupação era com gripe aviária. Eles receberam treinamento específico desde então.

Fontes: CDC, Datasus, OMS, Atila Iamarino (biólogo, doutorando em evolução de vírus, USP, do blog Rainha Vermelha), e Nancy Junqueira Bellei, médica infectologista, coordenadora do setor de pesquisa em vírus respiratórios da Unifesp

fonte: www.g1.com.br