HGVC lidera ranking estadual de captação de córneas |
Sábado, 13 de setembro, é o dia da Caminhada pela
Vida, evento promovido numa parceria entre a OPO (Organização de Procura de
Órgãos), OPC (Organização de Procura de Córneas) e HOC (Hospital de Olhos de
Conquista). Profissionais de saúde e estudantes interessados partirão da
Avenida Olívia Flores, na área do Supermercado G. Barbosa às 8h com a
finalidade de sensibilizar a população quanto a importância da doação de órgãos
e tecidos para transplante.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio da
Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes (Coset) realizou até agosto
deste ano mais de 400 transplantes de órgãos, dentre eles: 229 de córnea, 62 de
rim, 42 de fígado, 39 de medula óssea, 19 ósseos e um transplante de pele. Até
o momento, foram realizadas 78 doações de múltiplos órgãos por morte
encefálica, o que representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de
2013.
Ainda de acordo com a Central de Transplantes da
Bahia, a lista de espera para transplante de órgãos no Estado da Bahia conta
hoje com aproximadamente 2.000 pessoas, sendo: 52 aguardando por um fígado, 929
por um rim, 1004 pessoas por uma córnea e 25 para transplante de medula.
Atualmente, na capital e no interior da Bahia estão em funcionamento 02 centros
de transplantes de fígado, 06 centros de transplante renal, 02 centros de
transplante de medula óssea e mais de 15 centros de transplante de córnea.
Hoje, o transplante é um alento para as famílias que,
em outras circunstâncias, não teriam mais esperanças de sobrevivência para o
seu ente querido. As famílias que autorizam a doação de órgãos se mostram
confortadas em seu luto, uma vez que os órgãos do seu familiar viverão em outra
pessoa, representando assim, o prolongamento desta vida. Para o transplantado surge
a esperança de uma nova vida, com novas possibilidades.
Cada vez que surge um doador a Central de
Transplantes é informada e processa a seleção dos possíveis receptores para os
vários órgãos. Esta seleção leva em conta o tempo de espera para o transplante,
a gravidade do paciente, o grupo sanguíneo, o peso e altura do doador,
compatibilidade imunológica entre outros critérios, a depender do tipo de
transplante. Só isto faz com que nem sempre o mais antigo (o que chegou
primeiro na fila do cinema) fique em primeiro lugar na "fila" daquele
doador. Além disso, é preciso levar em conta alguns exames feitos no doador
para ver se ele é portador de infecções, como por exemplo, as hepatites por
vírus B ou C.
É importante que todos estejam juntos na luta para a
redução destes números, avisando à sua família a intenção de ser doador de
órgãos e tecidos. Cada doação autorizada é capaz de salvar ou melhorar a
qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas – caso todos os seus órgãos e
tecidos sejam doados (coração, rim, fígado, pulmão, pâncreas, intestino,
córnea, medula óssea, pele, válvula cardíaca, ossos e esclera ocular).
No Brasil, para ser doador é necessário que a família
autorize através da assinatura de um termo de doação especifico e são os
familiares que definem quais órgãos desejam doador. Os órgãos doados são distribuídos pela
central de transplantes para pacientes que estão previamente inscritos nas
listas de espera e que são selecionados através de um sistema de informação,
pelos critérios específicos de cada órgão já garantidos na legislação.
O Brasil tem o maior programa público de transplante
do mundo, sendo 92% dos transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde –
SUS e na Bahia este número chega a 98%, sempre respeitando os princípios da
universalidade e integralidade prezando pela transparência do processo. O
Hospital Geral de Vitória da Conquista integra o serviço através da OPO –
Organização de Procura de Órgãos, sendo referência estadual na captação de
córneas.
Fonte: Ascom/SESAB
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