sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Doar órgãos ajuda a salvar vidas

HGVC lidera ranking estadual de captação de córneas
Sábado, 13 de setembro, é o dia da Caminhada pela Vida, evento promovido numa parceria entre a OPO (Organização de Procura de Órgãos), OPC (Organização de Procura de Córneas) e HOC (Hospital de Olhos de Conquista). Profissionais de saúde e estudantes interessados partirão da Avenida Olívia Flores, na área do Supermercado G. Barbosa às 8h com a finalidade de sensibilizar a população quanto a importância da doação de órgãos e tecidos para transplante.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio da Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes (Coset) realizou até agosto deste ano mais de 400 transplantes de órgãos, dentre eles: 229 de córnea, 62 de rim, 42 de fígado, 39 de medula óssea, 19 ósseos e um transplante de pele. Até o momento, foram realizadas 78 doações de múltiplos órgãos por morte encefálica, o que representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2013.

Ainda de acordo com a Central de Transplantes da Bahia, a lista de espera para transplante de órgãos no Estado da Bahia conta hoje com aproximadamente 2.000 pessoas, sendo: 52 aguardando por um fígado, 929 por um rim, 1004 pessoas por uma córnea e 25 para transplante de medula. Atualmente, na capital e no interior da Bahia estão em funcionamento 02 centros de transplantes de fígado, 06 centros de transplante renal, 02 centros de transplante de medula óssea e mais de 15 centros de transplante de córnea.

Hoje, o transplante é um alento para as famílias que, em outras circunstâncias, não teriam mais esperanças de sobrevivência para o seu ente querido. As famílias que autorizam a doação de órgãos se mostram confortadas em seu luto, uma vez que os órgãos do seu familiar viverão em outra pessoa, representando assim, o prolongamento desta vida. Para o transplantado surge a esperança de uma nova vida, com novas possibilidades.


Cada vez que surge um doador a Central de Transplantes é informada e processa a seleção dos possíveis receptores para os vários órgãos. Esta seleção leva em conta o tempo de espera para o transplante, a gravidade do paciente, o grupo sanguíneo, o peso e altura do doador, compatibilidade imunológica entre outros critérios, a depender do tipo de transplante. Só isto faz com que nem sempre o mais antigo (o que chegou primeiro na fila do cinema) fique em primeiro lugar na "fila" daquele doador. Além disso, é preciso levar em conta alguns exames feitos no doador para ver se ele é portador de infecções, como por exemplo, as hepatites por vírus B ou C.

É importante que todos estejam juntos na luta para a redução destes números, avisando à sua família a intenção de ser doador de órgãos e tecidos. Cada doação autorizada é capaz de salvar ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas – caso todos os seus órgãos e tecidos sejam doados (coração, rim, fígado, pulmão, pâncreas, intestino, córnea, medula óssea, pele, válvula cardíaca, ossos e esclera ocular).

No Brasil, para ser doador é necessário que a família autorize através da assinatura de um termo de doação especifico e são os familiares que definem quais órgãos desejam doador.  Os órgãos doados são distribuídos pela central de transplantes para pacientes que estão previamente inscritos nas listas de espera e que são selecionados através de um sistema de informação, pelos critérios específicos de cada órgão já garantidos na legislação.

O Brasil tem o maior programa público de transplante do mundo, sendo 92% dos transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde – SUS e na Bahia este número chega a 98%, sempre respeitando os princípios da universalidade e integralidade prezando pela transparência do processo. O Hospital Geral de Vitória da Conquista integra o serviço através da OPO – Organização de Procura de Órgãos, sendo referência estadual na captação de córneas.


Fonte: Ascom/SESAB

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