Ascom/HGVC
Número representa 45,8% das cidades brasileiras, com maior
concentração na região Nordeste. As inscrições seguem abertas até 00h desta
quinta-feira, 25 de julho
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Imagem meramente ilustrativa |
O Programa Mais Médicos registrou 2.552 municípios
inscritos até esta quarta-feira (24), o equivalente a 45,8% das cidades
brasileiras. Do total que aderiu à iniciativa, 887 (34%) estão em regiões de
maior vulnerabilidade social e, por isso, consideradas prioritárias. As
inscrições seguem abertas até 00h de amanhã, 25 de julho, e podem ser feitas
pelo site www.saude.gov.br.
Lançada pela presidenta da República Dilma Rousseff no dia
8 de julho, a iniciativa levará mais médicos às regiões carentes, sobretudo nos
municípios do interior e na periferia das grandes cidades. Todos os municípios
do país podem participar, indicando as unidades básicas de saúde de suas
regiões em que há falta de médicos.
Dos 2.552 cidades inscritas, 34% (867) estão na região
Nordeste. O Sudeste contou com 652 municípios participantes e o Sul, 620. Norte
e Centro-Oeste registraram 207 e 206, respectivamente.
“Com este programa estamos enfrentando um dos grandes
desafios da saúde pública brasileira, que é levar mais médicos para perto da
população, especialmente para as regiões onde faltam profissionais. Sabemos que
um médico junto da população faz diferença. Além disso, estamos fortalecendo a
atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a
necessidade de recorrer a um hospital”, esclarece o ministro, Alexandre
Padilha.
Nesta semana, autoridades do Governo Federal fizeram
reuniões em diferentes estados do país, mobilizando prefeitos e secretários de
saúde para participar do Mais Médicos. Entre os estados visitados, estão Bahia,
Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Pará, Amazonas, Maranhão, Paraná e
Rio Grande do Sul.
INFRAESTRUTURA– O Programa Mais Médicos faz parte de
um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos
hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões
carentes do país.
Em todo o país, o Ministério da Saúde e o Ministério da
Educação estão investindo R$ 15 bilhões até 2014 na infraestrutura da rede
pública de Saúde. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para
construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de
16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção,
reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14
hospitais universitários.
Além da chamada de médicos, a iniciativa prevê o aumento
das oportunidades de formação médica no país, com a criação de 11,5 mil novas
vagas de Medicina e 12 mil de residência em todo o Brasil, além do
aprimoramento da formação médica com a inclusão de um ciclo de dois anos na
graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
DIAGNÓSTICO – O programa Mais Médicos é um estímulo
para a ida de médicos para os municípios do interior e para as periferias das
grandes cidades, onde é maior a carência por este serviço. O Brasil tem oferta
desta mão-de-obra menor que países como Argentina, México, Inglaterra, Portugal
e Espanha.
Do ponto de vista regional, a situação é mais crítica: 22
estados estão abaixo da média nacional, sendo que cinco têm menos de um médico
para cada grupo de mil habitantes.
CRONOGRAMA – O Ministério da Saúde, com o fim do
primeiro período de inscrições, divulgará no dia 26 de julho o total de vagas
existentes em cada cidade inscrita. E, até o dia 28, os médicos brasileiros que
aderiram ao programa poderão escolher os municípios onde querem atuar pelo site www.saude.gov.br.
Em 1º de agosto será divulgada a relação de profissionais
com registro profissional no Brasil que terão de homologar a participação e
assinar um termo de compromisso até 3 de agosto. Dois dias depois, as escolhas
serão validadas no Diário Oficial da União. As vagas remanescentes serão
divulgadas em 6 de agosto. O processo de escolha nesta segunda etapa vai até 8
do mesmo mês e os resultados serão publicados em 13 de agosto.
Os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa
federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e
farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os
municípios ficarão responsáveis por garantir moradia e alimentação aos médicos,
além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e
ampliação das unidades básicas.
A prioridade nas vagas será de médicos brasileiros, e
somente as que não forem preenchidas serão oferecidas aos estrangeiros.
Por
Bárbara Semerene, da Agência Saúde
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