quarta-feira, 10 de março de 2010

Saúde autoriza mais UPAS na Bahia - Conquista é uma das completas

Estado vai receber R$ 9,6 milhões para construir Unidades de Pronto Atendimento. Até 900 mil pessoas serão beneficiadas com serviços de assistência 24h

O Ministério da Saúde liberou recursos para a construção de mais seis Unidades de Pronto Atendimento (UPA) na Bahia. Elas vão funcionar em seis municípios, segundo portarias publicadas no Diário Oficial da União. O estado receberá do governo federal R$ 9,6 milhões para obras e compra de equipamentos e, após a inauguração, mais R$ 750 mil serão destinados ao custeio mensal das atividades. Os novos serviços vão oferecer assistência de urgência e emergência 24h por dia e ajudar a desafogar os prontos-socorros dos hospitais locais, reduzindo filas.

Juntas, as seis unidades vão responder demandas de uma região com até 900 mil pessoas. As UPAs são divididas em três portes, conforme a capacidade de atendimento. Do total de novos serviços, três são do tipo I, com até 8 leitos e estrutura para atender 150 pacientes por dia cada uma, e três do tipo II, com até 12 leitos e capacidade para atender 300 pacientes por dia cada uma.

Até o momento, o Ministério da Saúde liberou recursos para a construção de 25 UPAs na Bahia, um investimento de R$ 44 milhões em 2009 e 2010. Em todo o país, foram autorizadas 329 Unidades de Pronto Atendimento. O governo federal liberou R$ 656,2 milhões para obras e compra de equipamentos. A previsão é chegar a 500 unidades até 2010. O andamento das obras é de responsabilidade dos municípios.

ATENDIMENTO - As Unidades de Pronto Atendimento oferecem serviço de Raio X, laboratório para exames, aparelho de eletrocardiograma e atendimento pediátrico. Nelas, a população poderá resolver problemas como pressão alta, febre, cortes, queimaduras, alguns traumas e receber o primeiro atendimento para infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras enfermidades. Quando o paciente chega à unidade, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por até 24h.

O projeto UPA 24h é uma iniciativa do Ministério da Saúde para reorganizar o fluxo de atendimento na rede pública, com o objetivo de melhorar a assistência oferecida à população. As unidades estão integradas à rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), à rede básica de saúde e à Estratégia Saúde da Família. Criada em 2002, a proposta integra a Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências e baseou-se em experiências de sucesso em cidades como Campinas (SP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

REDUÇÃO DE FILAS - A experiência do estado do Rio de Janeiro, que possui 26 UPAs em funcionamento, demonstra a eficiência desses serviços no atendimento de urgência e emergência, resolvendo grande parte dos problemas sem necessidade de encaminhar o paciente para o hospital. Levantamento feito em 22 unidades, apontou que, de maio de 2007, quando foi inaugurada a primeira unidade da rede (no bairro Maré da cidade), até 22 de dezembro de 2009, 3.699.290 de pacientes foram atendidos. Desse total, apenas 21.632 (0,58%) precisaram ser removidos para hospitais. Isso significa que 99,42% dos casos foram solucionados nas próprias UPAs.

As cidades interessadas em construir unidades devem ter o serviço de SAMU 192 habilitado ou estar em processo de aprovação do projeto. Entre os requisitos está o compromisso de atingir, no mínimo, 50% de cobertura da Estratégia Saúde da Família na abrangência de cada UPA, no prazo máximo de dois anos.

Municípios beneficiados pelas portarias

Bahia:

Capim Grosso

Vitória da Conquista

Morro do Chapéu

Lauro de Freitas

Camaçari

Gandu

O que são as UPAS

As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) integram a Política Nacional de Atenção às Urgências do Ministério da Saúde e oferecem atendimento de emergência de baixa e média complexidade 24 horas por dia. Elas são responsáveis por estabilizar o quadro clínico dos pacientes, definir um diagnóstico e analisar a necessidade de encaminhá-los ou não a uma unidade hospitalar. Os pacientes podem ser liberados, permanecer em observação por até 24h ou podem ser transferidos para um hospital, no caso de o quadro ser grave ou mais complexo.

Fonte: Ministério da Saúde

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