Investimentos altos em reformas, ampliações, construções e contratações de profissionais, voltados para o aumento no número de leitos hospitalares, inclusive os de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), foram o foco do relato feito por superintendentes e diretores da Sesab - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - durante audiência realizada hoje (3), na sede do Ministério Público Estadual (MPE).
A audiência, da qual participaram as secretarias estadual e municipal de Saúde de Salvador, diretores de hospitais e maternidades, Procuradorias do estado e município, Sociedade Baiana de Pediatria e Centro de Apoio da Infância e Juventude, teve como objetivo promover a discussão da situação da oferta e demanda de leitos de UTI pediátricos e neonatais. "Nosso propósito é conjugar esforços para apontar caminhos necessários para a ampliação do número de leitos voltados para a criança e adolescente, em razão da prioridade desse público", disse o presidente do MPE, Lidivaldo Brito, que abriu a audiência.
O superintendente de Regulação e Gestão, Andrés Alonso, e o diretor da Rede Própria da Sesab, Renan Oliveira, destacaram a habilitação, somente nos anos de 2007 e 2008, de 139 leitos de UTI, ao custo de R$ 200 mil cada. "Isto representa, nos últimos dois anos, mais de 36% de ampliação de leitos para este tipo de serviço, se comparado com todos os leitos habilitados até 2006", destacou Andrés. Outros 229 estão previstos para habilitação no período 2009/2010, o que representará 86,59% de ampliação de 2007 a 2010.
Desse total, foram habilitados 50 leitos de UTI pediátrica e neonatal em 2007/2008, e outros 102 serão habilitados entre 2009/2010. "A previsão é que, ao final de 2010, a Bahia conte com 140 leitos de UTI pediátrica e 174 de UTI neonatal, contra os 75 pediátricos e 87 neonatais habilitados até 2006", destacou o superintendente. Além dos 229 leitos de UTI adulto (127), pediátrico (64) e neonatal (38) projetados para habilitação em 2009/2010, mais 70 leitos de semi-intensiva também deverão ser habilitados.
Andrés Alonso ressaltou a complexidade da questão das UTIs. "Quando se fala especificamente em UTI, há todo um processo estruturante, porque a UTI não é desconectada dos demais serviços de saúde. A Sesab desenvolveu todo um planejamento, a começar por organizar o estado territorialmente, dividindo-o em 9 macrorregiões e 28 microrregiões, e esse planejamento serve de alicerce para a estruturação de redes assistenciais", afirmou.
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