terça-feira, 10 de novembro de 2009

Fazendo mais para quem mais precisa


Jaques Wagner

Estou profundamente satisfeito, como governador e como cidadão baiano, com os números sobre 2008 apurados pela Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do IBGE. O relatório divulgado recentemente mostra uma Bahia em evolução, especialmente quanto aos benefícios direcionados às comunidades que mais precisam do Estado. Falamos, portanto, de mais da metade da nossa população que habita em mais de 60% do nosso território.

Em dois anos de governo, conseguimos, graças a uma firme e transparente política de trabalho em favor daqueles que mais precisam, ampliar o acesso da população a bens de consumo e serviços que garantem inclusão social, conforto e mais qualidade de vida.

Os reflexos imediatos na vida dos baianos estão claros em indicadores como “trabalho”, “geração de renda”, “bens de consumo”, “educação”,“ habitação” e“internet”, nos mostrando o acerto dos esforços do governo. Conjugadas às ações macroeconômicas das políticas públicas federais, de transferência de renda, via Bolsa Família e recuperação do salário mínimo, para citar apenas duas ações concretas, as nossas ações voltadas para as camadas mais carentes da população foram decisivas para o bom desempenho atestado pela Pnad.

O rendimento médio mensal dos baianos registrou crescimento de 26,2% entre 2006 e 2008. De 2006 a 2008, por exemplo, houve um incremento de 3,9% na taxa de atividade, que reúne índices relacionados à população economicamente ativa (PEA) e à população em idade ativa (PIA). O nível de ocupação, por sua vez, sofreu acréscimo de 1,9%. O número de pessoas com carteira assinada registrou acréscimo de 7,9%. E um dado muito importante: redução de 10,8% no trabalho infantil.

Se há emprego, há renda. E quando esses dois ingredientes se somam, o consumo aumenta e os negócios se aquecem. É o Estado estimulando o crescimento num segmento antes esquecido, criando um círculo virtuoso em toda a economia. O índice “bens de consumo” apresenta avanços que estão mudando o perfil da nossa população. Chama mais a atenção o acesso ao computador, com o maior crescimento proporcional entre os bens de consumo: 63,5%. Eles estão presentes em 17,3% dos domicílios baianos.

O acesso à internet evoluiu em ritmo ainda maior, com 79,8% de incremento. Passamos de 7,5% para 13,5% dos domicílios no Estado. O que mais nos empolga é o ganho final dessa evolução: democratização do acesso à informação e à comunicação, bens essenciais à vida moderna. Os baianos consumiram também mais máquinas de lavar roupa (32,7%), telefones (28,3%) e geladeiras (10,5%), itens que, em diferentes graus, sempre estiveram distantes de grande parte da população.

Em outros índices é possível perceber os benefícios de programas do governo do Estado, como o Água para Todos e o Topa (Todos pela Alfabetização). Houve um incremento de 7,4% nos domicílios com acesso à rede geral de água com canalização, sendo que entre os domicílios rurais foi de 33,9%. No que tange a esgotamento sanitário, o acréscimo foi da ordem de 9,5%, com um incremento de 4% na proporção de domicílios urbanos e 118% nos rurais. Sim, leitores, 118% nos domicílios rurais!

A média de anos de estudos de pessoas com 10 anos ou mais anos de idade aumentou 5,3%. Na zona rural, o aumento foi de 4,5% e de 2,8% na zona urbana. O analfabetismo caiu 20,7% junto às pessoas com 15 anos ou mais idade. Na área urbana, a queda foi de 27,9% e na rural, 10,6%.

Estou especialmente feliz por realizar um governo que faz mais por quem mais precisa. Isso não é apenas um slogan, uma palavra de ordem. É uma constatação sustentada na verdade expressa em números irrefutáveis. Números que serão melhores em 2009 e 2010, porque estamos trabalhando fortemente para atender aqueles que durante anos não tiveram vez. Aliás, nunca tiveram voz. Estamos, portanto, pondo um ponto final na Bahia excludente, na Bahia sem água, na Bahia sem moradia, na Bahia em saúde, na Bahia sem educação. Estamos pondo um ponto final na Bahia que não cuida dos baianos, especialmente dos baianos mais pobres. Não estamos buscando o paraíso, mas trabalhando para honrar o velho, esquecido e maravilhoso epíteto: Bahia, Terra da Felicidade.

*Jaques Wagner é Governador do Estado da Bahia e o artigo foi publicado no jornal A Tarde, 02/11/2009.

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