Preço unitário de US$ 6,43 gerou economia de US$ 22, 8 milhões (R$ 39,4 milhões), com base no preço de referência internacional de US$ 7 por dose
O Ministério da Saúde fechou a compra do primeiro lote de vacinas contra Influenza A (H1N1). São 40 milhões de doses, com entrega ao governo no primeiro semestre de 2010. As vacinas estarão disponíveis antes do próximo inverno para um público-alvo ainda em definição. O investimento, no valor aproximado de R$ 444,7 milhões (o equivalente a US$ 257.200.000,00), utiliza recursos do crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões liberados pelo Governo Brasileiro em outubro passado para as ações de enfretamento da nova gripe.
A aquisição é resultado de compra realizada nesta segunda-feira (16), após negociação do Departamento de Logística que contou com a participação de duas empresas internacionais, a Baxter e a Glaxo SmithKline Biologicais (GSK). A sessão pública para recebimento das propostas foi acompanhada por representantes da Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal, Consultoria Jurídica e áreas técnicas do Ministério. A escolha se deu pelo menor preço. A britânica GSK será a fornecedora deste primeiro lote de vacinas para o Brasil, ao custo de US$ 6,43 cada dose, o que vai gerar uma economia de aproximadamente R$ 39,4 milhões para o governo brasileiro, tomando-se como referência o preço do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que é de US$ 7.00 a dose. Ao todo, seis fornecedores foram convidados para apresentar propostas, segundo critérios e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A compra direta reflete o movimento do mercado internacional. “A produção da vacina contra o novo vírus da Influenza A (H1N1) tem sido mais lenta do que o esperado e a demanda mundial pela vacina é muito maior do que a oferta”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. Os países do Hemisfério Norte estão recebendo uma quantidade de doses menor do que a planejada. Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram que pretendiam ter 250 milhões de doses até dezembro. Mas desde o início de setembro até o último dia 12 de novembro, distribuíram 36,8 milhões de doses, segundo informações oficiais do CDC (Centers for Desease Control and Prevencion).
A estimativa é receber as primeiras vacinas desta compra em janeiro de 2010. Os públicos prioritários para vacinação ainda estão sendo estudados pelo Ministério da Saúde, que acompanha as recomendações da OMS e as ações dos países do Hemisfério Norte, que já enfrentam a chamada segunda onda da doença, pois estão entrando no inverno. Em países como México e Estados Unidos, já se observa um número de casos graves de doença respiratória maior que em março/abril de 2009, quando a doença surgiu.
Além deste lote, o Ministério da Saúde também vai adquirir as vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, único produtor na América Latina, e também por meio do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Está prevista, ainda, a abertura de licitação para compra de outro lote de fornecedores internacionais. As quantidades e os prazos para realização dessas compras, no entanto, estão sendo definidos.
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