sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Caso da criança de Ibotirama demonstra como funciona a Rede SUS baiana

A chegada ao Hospital Ana Neri, referência em cardiologia no estado, na manhã desta quinta-feira, do menor M.S.A. de 2 anos e 7 meses, com diagnóstico de 29 agulhas introduzidas no corpo, expressa o grau de capilaridade e articulação da rede de assistência do Sistema Único de Saúde que está sendo construída na Bahia. Um bom exemplo para compreendermos como funciona o sistema e todos os recursos que estão ao alcance de qualquer brasileiro.

Residente em Ibotirama, M.S.A deu entrada na quinta-feira (10/12), no Hospital de Ibotirama, unidade da Secretaria Estadual da Saúde, recentemente reformada e equipada. O diagnóstico foi realizado apontando a necessidade de transferência para uma unidade de maior complexidade. Logo, o menor foi encaminhado, através da Central de Regulação, para o Hospital do Oeste (HO), outra unidade da rede Sesab, de maior complexidade, localizada em Barreiras, cidade pólo da região Oeste do estado.

No HO, o menor foi admitido no sábado (12/12), às 23h40min, com um quadro clínico de Hemopneumotorax à esquerda. Submetido a exames, constatou-se que o menino tinha 29 agulhas de costura manual, introduzida em seu corpo, nos membros inferiores, superiores e no tórax, com dreno torácico à esquerda. Assim, a criança foi internada na UTI pediátrica para melhor suporte ao tratamento. No entanto, mais uma vez o diagnóstico indicava a necessidade de transferência para uma outra unidade, capaz de realizar os procedimentos de alta complexidade necessários para o caso.

Outra vez, a Central de Regulação foi acionada e, pela gravidade do quadro clínico, disponibilizou imediatamente uma aeronave equipada com uma Unidade de Terapia Intensiva para transportar, no mínimo espaço de tempo, o menor M.S.A para o Hospital Ana Neri, unidade federalizada, local dotado de todos os recursos tecnológicos e equipe especializada para realizar as intervenções necessárias que o caso requer.

No Ana Neri, M.S.A já realizou tomografia de tórax, abdômen, pelve e coluna para identificação precisa dos corpos estranhos, além de ter realizado um ecocardiograma para definição do envolvimento do coração. A criança está assistida por um equipe multidisciplinar com cirurgiões (cardíacos e pediátricos), cardiologistas, clínicos e infectologistas. Os médicos estão aguardando resultados dos exames para definir os procedimentos necessários a recuperação do menor. Em todas as etapas da trajetória desta criança, de Ibotirama a Salvador, do Raio-X ao tomógrafo, da ambulância na rodovia a UTI aérea, tudo foi custeado com os recursos do SUS aplicados pelo Governo do Estado da Bahia.

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