terça-feira, 9 de junho de 2009

Campanha de vacinação contra Poliomelite começa hoje

Com a expectativa de vacinar 1.275.000 crianças menores de cinco anos, a Secretaria da Saúde do Estado, por meio do Programa Estadual de Imunizações, inicia, hoje (9), a primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite. A campanha, que se estenderá até o dia 3 de julho, tem como principal objetivo manter a erradicação da doença no Brasil. A enfermeira Fátima Guirra, coordenadora do Programa de Imunização da Sesab, adverte que ainda há risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país, devido à importação de casos provenientes de países endêmicos, como Nigéria, Índia, Paquistão e Afeganistão.

"A vacina oral contra pólio é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da doença. O Brasil vem mantendo suas coberturas vacinais e tem alcançado altos índices, mas existem fatores de risco que podem ocasionar a reintrodução do poliovírus no país, entre eles o intenso fluxo de viajantes internacionais", adverte Fátima Guirra, acrescentando que a vacinação em massa é extremamente importante e que todas as crianças na faixa etária indicada devem ser vacinadas, independente de já terem recebido a vacina em campanhas anteriores.

O Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, e no dia 20 de junho realiza o Dia Nacional de Vacinação, numa ampla mobilização que, na Bahia, envolverá mais de 27 mil trabalhadores e voluntários e terá 8.000 postos de vacinação em todo o estado, entre fixos e volantes. Durante todo o período da campanha (entre 9 de junho e 3 de julho), a vacina será disponibilizada nas unidades municipais de Saúde.

OUTRAS VACINAS

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização explica que, durante a campanha, além da vacina Sabin contra a poliomielite, que deve ser aplicada de forma indiscriminada em todas as crianças menores de cinco anos, a Sesab disponibilizará, para serem aplicadas seletivamente, a fim de iniciar ou completar o esquema vacinal das crianças menores de cinco anos, as demais vacinas do calendário básico: BCG (contra as formas graves da tuberculose), contra hepatite B, tetravalente (contra tétano, coqueluche, difteria e meningite por Haemophilus tipo B), DPT ou tríplice (contra difteria, tétano e coqueluche), DT (contra tétano e difteria), tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) e rotavírus humano (contra infecção por rotavírus).

Em algumas áreas de maior complexidade operacional, as equipes que atuam na campanha já deram início ao trabalho, levando em consideração que a campanha pode coincidir com os festejos juninos e o período de férias escolares. "Esperamos que os municípios atinjam o mínimo de 95% de cobertura vacinal", pontua Fátima Guirra.

Em Itabuna, a 7ª Diretoria Regional de Saúde (Dires) está iniciando a campanha amanhã. A vacina estará disponível em todas as unidades de Saúde, para crianças de 0 até 5 anos de idade.

PROTEÇÃO

A Proteção com as vacinas é uma das medidas de mais baixo custo e efetividade na prevenção de doenças imunoprevisíveis, atuando na estimulação do sistema imunológico no sentido de prepará-lo para enfrentar determinadas infecções, o que significa a possibilidade de reduzir ou interromper a transmissão de determinados agentes etiológicos, desde que uma parcela significativa da população esteja com cobertura vacinal em níveis ideais para o controle e ou eliminação destas doenças.

Desde 1988, quando a Assembléia Mundial de Saúde aprovou a meta de erradicação da poliomielite, extraordinário progresso vem sendo alcançado com a redução da doença em mais de 99% e do número de países com transmissão endêmica em mais de 96%.

No Brasil, em 1989, foi registrado o último caso da doença e, em 1994, o país obteve o certificado internacional de erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem. No entanto, para evitar a reintrodução do poliovírus, ainda presente em alguns países, é necessário manter as jornadas de vacinação anuais, para impedir o retorno da paralisia infantil em nosso país.

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