terça-feira, 11 de agosto de 2009
Material para produção de vacina contra nova gripe chegou ao Brasil, diz Butantan
Isaías Raw disse que vacina deve ficar pronta até o começo de 2010. Capacidade de produção do instituto é de 30 milhões de doses.
O presidente do Instituto Butantan, Isaías Raw, afirmou nesta terça-feira (11) que a cepa do vírus da nova gripe chegou nesta manhã ao Brasil. Cepa é a amostra de uma linhagem específica de vírus sem a qual não é possível elaborar um imunizante eficaz.
Com a chegada do material, explicou Raw, o laboratório pode começar a fabricação de 30 milhões de vacinas contra a gripe A (H1N1). Ele esteve em uma audiência na Câmara dos Deputados para debater a nova gripe.
A materia-prima para a produção da vacina para a nova gripe deve seguir amanhã para o instituto. Técnicos do laboratório estão agora no Aerporto Internacional de Guarulhos providenciando a liberação das cepas do vírus A (H1N1).
Serão feitos testes clínicos indispensáveis para garantir que o produto atenda aos requisitos de biossegurança. A meta é produzir 30 milhões de doses da vacina a partir de outubro até o início de 2010. A previsão é que as doses sejam aplicadas até abril de 2010.
O Ministério da Saúde já tem fechada a compra de 18 milhões de doses da Sanofi-Aventis, laboratório francês que mantém um convênio de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan. Desse total, 1 milhão de doses serão processados e envasados pelo instituto neste ano; os outros 17 milhões, no ano que vem.
"No início não será uma vacinação em massa, mas para aqueles que têm de se proteger, como os profissionais de saúde"
Para Raw, um eventual excedente pode ser enviado para outros países. “A Argentina não tem fábrica [de vacinas], o Chile não tem”, afirmou. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmara recentemente que o Brasil não teria capacidade de repassar vacinas aos vizinhos sul-americanos.
"Começamos a produzir em outubro para entregar para o Ministério da Saúde, mas leva pelo menos trinta dias para verificar se a vacina não tem, por exemplo, nenhuma contaminação bacteriana", disse Raw ao G1, explicando que três meses não serão suficientes para finalizar os lotes. "No início não será uma vacinação em massa, mas para aqueles que têm de se proteger, como os profissionais de saúde."
Rafael Targino Do G1, em Brasília Emilio Sant'Anna Do G1, em São Paulo
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