quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Novas medidas sobre a Gripe A (H1N1) são definidas pela SESAB

Pelo menos um técnico em cada unidade de saúde da rede própria da Sesab - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - será treinado para coletar material de pacientes com suspeita da influenza A (H1N1), a gripe suína. Esse mesmo funcionário também se encarregará da necessária articulação com o Lacen, Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz, responsável pela recepção do material e seu encaminhamento ao laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro, referência para a Bahia nos exames para detecção da nova cepa do vírus H1N1.

Essa e outras medidas foram definidas em reunião ocorrida hoje (5), entre a direção da Gestão da Rede Própria e diretores das unidades de emergência, maternidade e hospitais da Sesab. Entre elas, consta a maior divulgação interna sobre ações preventivas, como a higienização das mãos e a chamada "etiqueta da tosse", orientando os profissionais dessas unidades e mesmo os pacientes e acompanhantes sobre como cuidar de si e dos outros adotando medidas simples, porém eficientes, para evitar a propagação do vírus da gripe, seja a gripe sazonal (gripe comum) ou a do tipo A (H1N1), mais conhecida como gripe suína.

Durante a reunião, presidida pelo superintendente de Atenção Integral à Saúde, Alfredo Boa Sorte, e o diretor de Gestão da Rede Própria, Renan Araújo, os participantes ouviram as informações do coordenador da Cevesp - Coordenação Estadual de Vigilância às Emergências em Saúde Pública, Juarez Dias. Ele falou sobre as características da nova gripe, descrevendo os principais sintomas, e das normas para a administração do medicamento à base da substância Oseltamivir, único indicado para tratamento nos casos graves ou com risco de agravamento da nova gripe.

Os gestores também foram instruídos a atender os pacientes com sintomas de gripe em suas próprias unidades, encaminhando-os para o Hospital Especializado Octávio Mangabeira, referência para o tratamento de doenças respiratórias, somente nos casos em que os pacientes apresentem sintomas bem evidentes da gripe A ou nos casos com gravidade. "Na terça-feira, dia 11, vamos promover um momento específico com as maternidades, para aprofundar o assunto, em busca de um protocolo próprio para gestantes, que é um grupo de risco. Deverá acontecer na Maternidade Tsylla Balbino", informou Renan Araújo.

Situação atual

Pelos dados mais recentes divulgados hoje (5) pela Cevesp, na Bahia, desde a primeira notificação de caso suspeito de influenza A (H1N1), em 24 de abril deste ano, foram considerados suspeitos 324 casos, com 55 confirmados, 58 descartados, 211 em investigação e 1 óbito confirmado laboratorialmente. Dos casos confirmados, 50,9% eram do sexo masculino. A idade média dos casos confirmados é de 27 anos, variando de 3 a 55 anos. A maioria (76%) era residente em Salvador e os demais, residentes nas cidades de Cachoeira (3), Lauro de Freitas (2), Ilhéus (2) e 1 nas cidades de Porto Seguro, Guanambi, Camaçari e Feira de Santana, além da cidade de Maceió (Alagoas) e Montevidéu (Uruguai).

A Argentina foi o possível local de contaminação para 76% dos casos confirmados (42), seguido pelo Chile (7), Estados Unidos (2), Uruguai e Brasil (Rio Grande do Sul). Para o paciente que foi a óbito, a contaminação ocorreu possivelmente em Salvador, uma vez que o mesmo não se deslocou para outras localidades, mas, até o momento, não foi possível estabelecer vínculo epidemiológico com nenhum caso suspeito ou confirmado.

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