Entre 2000 e 2007, morreram quase 18 mil crianças menores de um ano de idade no estado. A meta é reduzir, no mínimo, em 5% o número de óbitos em 38 municípios prioritários
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou, nesta segunda-feira (25), um investimento de R$ 110 milhões, em 2009, nas ações para a redução da mortalidade infantil na Amazônia Legal e no Nordeste. Ele esteve no Maranhão e no Piauí, estados que receberão R$ 10,2 milhões e R$ 8,3 milhões, respectivamente. A agenda na região segue o até o dia 27, totalizando a passagem por em cinco estados (MA, PI, PB, PE e AL). A viagem tem o objetivo de reforçar a importância do pacto pela redução da mortalidade infantil (menores de um ano de idade), que foi firmado com os gestores locais, com destaque para principalmente para os neonatos (crianças com até 27 dias de vida).
Em São Luís, na manhã de desta segunda-feira (25), o ministro participou da cerimônia de assinatura do acordo entre a governadora Roseana Sarney e 38 prefeitos dos municípios prioritários. Já, em Terezina, encontrou-se com o governador Wellington Dias e 24 prefeitos dos municípios prioritários. O objetivo da ação é reduzir, no mínimo, em 5% o número de mortes de crianças menores de um ano de idade.
“Queremos, com esse pacto, chamar os prefeitos para que assumam a responsabilidade e engajamento neste grande desafio: a redução da mortalidade infantil na Amazônia Legal e no Nordeste”, disse Temporão. Segundo ele, a meta é possível de ser atingidas, mas demanda um trabalho conjunto entre os governos federal, estadual e municipais. “Estamos tratando aqui do maior patrimônio de qualquer país: a relação mãe e bebê”, complementou.
O pacto prevê ações em um total de 250 municípios. Entre 2000 e 2007, no Brasil, morreram 443.946 crianças menores de um ano de idade. No Nordeste, foram 144.003 e na Amazônia Legal (incluindo o Maranhão), 76.916. Nas duas regiões, o número de óbitos somou 220.919 ou quase 50% do total nacional. Assim, a Amazônia Legal e o Nordeste estão entre as prioridades do governo federal, decidido a diminuir as desigualdades regionais até 2010. Além da mortalidade infantil, especialmente a de neonatos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer reduzir o sub-registro de nascimento, o analfabetismo e garantir mais investimentos na agricultura familiar.
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